Sunday, July 30, 2006

COLABORACIONISTAS!!!

O dr. Alberto João Jardim acusou alguns madeirenses de colaborarem com o "inimigo" da Madeira...

Os temas políticos da actualidade portuguesa estão todos afunilados mediaticamente por causa da guerra do Líbano. Além de estarem alguns governantes de férias ainda há os que repousam nos ministérios a fazerem contas à vida. A máquina administrativa é tão pesada que se torna difícil torná-la mais leve. Vão-se tomando umas medidas aqui outras ali sem uma base moral que as faça ter força perante a descrença generalizada. A vida melhorou muito quer em Portugal quer nas ilhas, agora denominadas – e muito bem – regiões autónomas. Paralelamente e como factura a visão das coisas foi substancialmente alterada. Para os reaccionários tudo piorou. Pergunta-se onde? Hoje, existem garantias na reforma, na saúde e na educação que foram conquistadas de há trinta anos a esta parte porque se destruiu as mordomias de alguns poucos que se estavam a marimbar para os que sofriam, que eram a maioria. Descentralizou-se a voracidade de Lisboa e por toda a parte as pessoas consciencializaram-se e começaram a olhar para algo que desconheciam: os seus direitos. A concepção de direitos que os ilhéus entendiam não passava de deveres para com a pátria. Os ilhéus estavam por aqui para servir e não serem servidos. A liberdade é como um rastilho. A igualdade e a fraternidade também. Não se podem parar a não ser utilizando a força. Esta tendência não desapareceu de todo, o que é de estranhar. Quando as populações desabridamente reclamam regalias os governos ditos democráticos entram em pânico e não têm estratégias para as resolverem. Actuam sempre por pressão e agem numa forma ridícula de repressão. A acompanhar esta atitude encontram-se alguns media (quase a maioria) que existem numa base sustentada à descarada. Fazem o controlo diário das situações a tal ponto que por vezes são eles a calendarizarem as acções governativas. Parece que os media acabam por se transformar nos porta-vozes das clientelas. Estas, de facto, são os verdadeiros controleiros. A democracia levada para as ilhas impreparadas pela idiossincrasia do seu povo ajudada pelo clérigo retrógrado dominador de consciências não evoluiu e manteve-se sujeita ao centralismo patrão. Quem agiu na boa fé de levar o povo ilhéu à liberdade a que tinha direito começou por se tornar ridículo, caricato e reaccionário. Todos foram metidos no mesmo saco. Não convinha distingui-los. Claro que isso só se consegue pagando e comprando consciências. Toda a gente sabe que o líder ilhéu da Madeira tem uma linguagem muito fresca. Daí a estar sempre à boca de cena, no Portugal entalado económicamente, é uma constante (Durão Barroso disse que o país estava de tanga... o actual ministro das Finanças alertou para o facto de a Segurança Social poder dentro em breve não ser sustentável, etc.). Os governantes de Portugal dizem as maiores barbaridades num tom muito civilizado que assustam só os que percebem de economia e dos golpes contra os interesses do Estado. Jardim disse que alguns estavam com o rabo de fora voltados para o continente de onde Portugal é. O que ele foi dizer! Disse que o governo português se preparava para aceitar o casamento entre homossexuais. Chamou alguns de maricas e colaboracionistas... Da minha parte devo dizer que esta questão diz apenas respeito ao respeito que todas as pessoas têm de viver como muito bem entenderem. Que se casem ou não isso pertence ao circulo da sua liberdade que eu tenho de respeitar. Não estou de acordo com o governante da Madeira. Mas pior do que ele são os que põem a questão em discussão e depois aceitam o que a maioria reaccionária quer. E para não perderem o poder fazem pior do que Jardim. Prolongam a agonia de toda a gente. Acontece com a liberalização do aborto que mata (está provado) milhares de mulheres portuguesas. Além de não terem coragem política são o que Jardim lhes chama: maricas. Enquanto na Europa estas questões estão politicamente resolvidas – veja-se o que acontece na vizinha Espanha – no país de todas as imitações, estas questões estão na mão dos Melícias da Fé que estão escanchados nos pelouros do Estado e que de um momento para o outro realizam peregrinações em nome dos bons costumes enquanto nas ruas cresce a insegurança e os crimes de sangue. São uns maricas, sim senhor! Jardim tem razão embora seja por motivos diferentes. É lá com ele, pois ele representa uma maioria imparável. A democracia é isso, embora custe. Mas custa - o que está provado - mais aos maricas que se diziam antifascistas.
Sentidos pêsames a Alberto João Jardim.
manuelmelobento
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Friday, July 28, 2006

VIVAMOS A MORAL AMERICANA: A MAIS EFICAZ


COMO É BONITA A MORAL! SEUS PECADORES...
Se não estou em erro a história que vou descrever tem para aí uns dez anos pelo menos. Em Waco, Texas/EUA, existia uma seita religiosa instalada numa quinta fortificada. O chefe era um pouco pírulas-discreto, isto é, metera na cabeça de algumas mulheres que ele era um ser-intérprete do divino (e também um pouco divino) a quem elas deviam obediência. Nesse grupo, para além do chefe, havia doze homens da sua confiança. Mulheres e homens perfaziam o número 68. Como desse grupo tinham sido geradas doze crianças o total de seres humanos somava 70. Os homens estavam armados com pistolas como é habito na América. Rezavam de manhã e à tarde. À noite antes de freudar também rezavam. A vida era um verdadeiro regalo para aquele grupo que descobrira uma maneira de viver próximo do paraíso. Como nos EUA existe de tudo, também as ligas da moral se multiplicam como ovos de lagosta. Onde existe miséria dita imoral lá está uma liga da moral para a condenar. O senhor Mr. Bush também pertence a uma seita religiosa muito ligada à moral. Ele mesmo é um moralista. O certo é que ele não tem nada a ver com o desfecho desta história. Só fiz apelo à sua personalidade mais pelo método do que outro valor qualquer. Assim, as ligas começaram a apontar as suas formas de decência como setas para chamar a atenção da opinião pública americana a fim de acabar com aquela pouca vergonha que pensavam ser o facto de homens e mulheres se estarem a consolar para além do que estava “legislado”. Tanto apertaram com a polícia que o intérprete do divino foi convocado a depor. O ser-divino negou-se. Resultado abreviado: a polícia dinamitou o edifício tendo matado todos os seus inquilinos, incluindo como é óbvio as crianças. Os pecadores foram mais cedo para o paraíso que apregoavam e a comunidade moralista passou a respirar o ar da moral e dos bons costumes. Queridas leitoras (tenham calma que eu não vou criar nenhuma seita) e excelentíssimos leitores. Qual a moral da história? Simples! Sempre que haja pecadores (ou terroristas) mata-se toda a gente e o assunto fica arrumado para sempre. Com as imagens dos bombardeamentos israelitas e dos fundamentalistas islâmicos naquela parte do Inferno o tratamento a dar veio, certamente, copiar o modelo das ligas da moral e do viver santificado americano. Mas, pergunta-se: que têm os EUA com aquele genocídio no Médio Oriente? Eu não sei responder. Mas sei que a senhora dona Miss Condoleza disse para o mundo inteiro ouvir: os bombardeamentos devem continuar. Naturalmente a chefe da diplomacia americana quer aplicar o mesmo método das ligas da moral no Líbano. E com resultados, diga-se. Não é que este país, uma espécie de Suiça do Médio Oriente, está parecido com o edifício onde se instalara a seita religiosa do Texas. Porra, dona Miss Condoleza! Diga-me, por favor, onde é que eu vou passar férias agora que tinha planeado banhar-me em Beirute naquelas lindas ex-praias? A senhora é que manda ali. Dê um jeito! A malta vai apreciá-la e muito. E eu também! Beijinhos, à Judas, claro!
PS. Só agora é que percebi que 68+12=80. Estava a pensar nos ilegítimos! Desculpem lá,
manuelmelobento
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Wednesday, July 26, 2006

INTERNACIONALIZAÇÕES...


RELAÇÕES INTERNACIONAIS ?
Enquanto o Partido Socialista dos Açores se vê grego para travar as imposições da União Europeia sem políticas sustentadas e ainda sem credenciais oficiais – o Governo Central deixou cair os governantes regionais numa gritante orfandade - , o Partido Social-Democrata dos Açores, às claras, e aproveitando-se de um buraco que os socialistas deixaram - deixam sempre - na América por incapacidade de atrair sensibilidades (porque o seu discurso levanta certas suspeitas), encetou uma estratégia de representatividade considerada imparável. A raíz de tal aceitação foi criada há muito. A recente história dos Açores/Comunidade não está isenta dos laços criados pós 25 de Abril pelos nacionalistas açorianos, oferecidos de mão beijada aos social-democratas chefiados por Mota Amaral, que soube levar até à exaustão a ideia de terra-natal-saudade-identidade. Acontece que esse elo purificado por uma política atractiva caracterizada pelo desinteresse imediato (muito bem camuflado) não se verga a ideologias mas a personalidades. Sem personalidades credíveis e que disponham de tempo para alimentar a fogueira da identidade e das aspirações da população da diáspora não há lugar para políticas escritas em cima do joelho. Emerge do conjunto de personalidades Berta Cabral. Pela capacidade de trabalho que a caracteriza no concelho de Ponta Delgada, onde reforçou o seu inabalável estatuto de dirigente-política-gestora (quanto mais a atacam os adversários mais a obra dela fica à vista) previa-se que não ficasse a ver a banda passar e a recolher encómios locais. Ao deslocar-se inter-açorianos, uns cá outros lá, transporta consigo o peso indiscutível da representatividade, oficial diga-se. Ninguém nega a Carlos César o mesmo peso no âmbito “internacional” ainda em gestação. Só que ele não pode tapar todos os buracos de que enferma a possível “internacionalização” dos nossos interesses económicos. O governo de César está fechado nos Açores. Quanto mais se mexe mais preso e afogado fica. Toda a sua actuação está dirigida para ganhar as próximas eleições. Se as ganhar, como tudo leva a crer, a vitória será volátil. Só durará mais uma legislatura... Se ele se for embora, adeus vitórias, adeus socialismo nos Açores. Os créditos de Carlos César atingiram o apogeu. Nos Açores é assim! A hora é de mudança! E se não muda é por causa dele, que soube governar à democrata-cristão sobre o património social-democrata. Que já está a fazer falta, politicamente falando, claro está! César tinha as rédeas curtas para voos mais altos, porque isso poderia chocar com os interesses de Portugal aqui. Neste momento, isto até está fora de questão. O equilíbrio de forças entre Portugal e as Regiões está a promover-se positivamente, pelo menos no que nos diz respeito. Portugal começa a perceber que o que nos liga não é para desunir nem destruir, mas sim para solidificar. E só a inteligência o faz perceber. É que governar à distância já está a ficar fora de moda. E isso, uma vez entendido só reforça os nossos laços. Falar-se de Estatuto ou de autodeterminação já é risível. Vai-se andando. Vai-se discutindo. Vai-se cheirando. Não se trata de revisionismos! Trata-se, isso sim, da natureza social do homem moderno capaz de se adaptar às novas condições que o progresso faz por alertar. De facto ou de direito, é só uma questão de papel. E papel passado nunca fez marido e mulher no leito. Vou acabar com uma baboseira já que este está a ficar alongado: o amor é que faz e que une.
manuelmelobento
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Tuesday, July 25, 2006

DEDICO O TEXTO ABAIXO A MADALENA DE OLIVEIRA NOGUEIRA

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HÁBITOS E CRIMES INFANTIS


EXCLUSÃO
Nas margens do Douro caíu uma criança. O pai aflito atirou-se ao rio. Não sabia nadar. Ambos afogavam-se. O povo a assistir gritava (mas só gritava). Uma miúda atira-se à água, salva primeiro a criança e depois volta a mergulhar para salvar o pai. Conseguiu. Seu nome: Madalena de Oliveira Nogueira (na foto). Dezasseis anos. Não sabe ler, mas gostava de ter um emprego num escritório. Não pode ser. Não salvou ninguém importante. O homem era um sapateiro de quarenta e um anos. O tempo esqueceu-a ou ajudou a esquecê-la. Marcelo substituía Salazar que caíra de uma cadeira onde dormitava, ficando depois com cara de tolo ( ver foto). Corria o ano de 1969. Marcelo prometera voltar à esquerda. Porém, não cumpriu com as promessas de 69. Alterou esta sua posição o que fez com que caísse ao som dos petardos da tropa de Santarém. Trinta e seis anos depois o mesmo Douro é testemunha de um crime hediondo: treze rapazes (de idades compreendidas entre os dez e os catorze anos) perseguiram durante meses um ser humano ferindo-o diária e sistematicamente o que lhe provocou a morte. Esses rapazes, educados numa instituição católica, atiraram o corpo para um poço com água. Água doce como a do rio Douro. Não vou discutir a sentença do tribunal, porque o que se passou na barra é-me totalmente desconhecido. Questiono o porquê de uma perseguição tão sangrenta feita por “aquilo” que nós chamamos de crianças a um ser humano que podia ser nosso filho ou irmão. Penso que está na altura de com muita calma mandarmos à puta que o pariu uma certa pedagogia e encetarmos medidas de prevenção que passam pelo acompanhamento no terreno de todos os comportamentos desviantes e seus actores. No pé em que as coisas estão, este Estado tem de controlar os cidadãos como quanto quer controlar as sua contas bancárias. É indecente estar toda a gente a ser vigiada? Ora que porra! Se isso nos dá segurança, que se vigie os que são e os que não são filhos de puta de assassinos que nos rodeiam por todo o lado. Quer dizer, estar-se no Líbano debaixo do fogo israelita ou à beira-rio em Portugal só difere de se gostar ou não de apanhar no cu. A morte espreita-nos! Peço desculpa pelos palavrões, mas as palavras existem para alguma coisa. E numa época de todos os crimes um palavrão aqui outro ali -se me permitem a comparação - não é mais do que um gelado oferecido aos combatentes nos Montes Golan. A pobre Madalena - cujo acto fala por ela e não por nós (porque nos falta a coragem e a cultura) - foi esquecida. Quem é? Quem foi? Nicles! No entanto, é preciso acompanhar psicológicamente os pequenos assassinos. Acho bem! Só que os resultados todos nós sabemos que não satisfarão nem aos próprios nem à sociedade. Apenas darão emprego aos psicólogos, aos auxiliares, aos senhorios de onde estão instaladas as instituições, etc. E muitos mais, meus senhores! E quem sabe se premiando os bons fornecendo-lhes o que necessitam e punindo os “maus” apenas com acompanhamento rigoroso (que é o quanto basta – não se encontrou ainda qualquer outra solução) talvez se obtivesse resultados mais humanos? Acompanhar individualmente não é deixar organizar-se grupos de pequenos terroristas estando-se sentadas nos cafés e nas secretarias como o faz a maioria das assistentes sociais. Que apresentem trabalho descrevendo os passos diários do acompanhamento para não depararmos com estes crimes todos dias e outros sobre crianças. Os relatórios têm de ser entregados a pessoas que saibam actuar de imediato. Ser assistente social no nosso país é o mesmo que dizer não passa de um emprego porque trabalho está quieto... Neste momento, Beirute está a ser destruída. Já não me apetece escrever mais...
manuelmelobento
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Monday, July 24, 2006


AO QUE CHEGAMOS!

Uma notícia importante veiculada por uma reportagem na RTP/Açores, hoje, dia 24, dava-nos a saber que grupos de jovens de facções políticas distintas brincavam em conjunto ao jogo da sardinha. À partida, parecia uma conversa de bananas sem significado, apenas para ir para o ar para tapar buracos, já que a RTP/Açores vive com orçamento de real estação e como não foi atacada por nenhum torpedo do Hezbollah tem de apresentar serviço. Mortos para a política activa, crítica, criativa, cooperativa, democrática, etc, e sujeitos a esta tristeza de olharmos a política regional como um emprego para alguns que servem a política portuguesa e ficámos por aqui... Imagine-se ao que chegamos: a juventude de diferentes modelos políticos (paternais porque a juventude açoriana tem como objectivo político pular à noite o que lhe esvazia o cérebro durante o dia) a brincar às escondidas. Quer dizer que isso não acontecia. Que eles estavam separados. Ah, a política dividiu a malta! Mas dividiu em quê? No convívio dos berros? Nos copos? Há tempo em que é preciso dividi-los para depois não haver engarrafamentos nos futuros tachos. Estes são poucos mas dão muita comichão. Agora torna-se necessário uni-los e dar-lhes visibilidade. É tempo de Verão, parece-me que os neurónios se evaporaram com o calor. A juventude açoriana ora grasna, ora pasma e sempre dançando à noite. O mais triste é que fomos nós que os transformamos naquilo em que eles se tornaram. Não tivemos capacidade para nos tornarmos adultos, conscientes e reivindicativos. E, pior do que isso, não soubemos transmitir-lhes a solidariedade que depois da ditadura nos foi oferecida de bandeja. Não esqueçamos brincar às escondidas. Não faz mal e faz passar o tempo; todo o tempo...
manuelmelobento

Sunday, July 23, 2006

VIVAS PRÓ BUSH

VIVA BUSH! VIVA!

Depois de ler lido e ouvido opiniões dos especialistas portugueses, tais como Loureiro dos Santos, Pacheco Pereira, José Manuel Fernandes, Marcelo Rebelo de Sousa, Helena Matos e outros a quem esqueci o nome, apercebi-me que também podia opinar. Poucas vezes acerto em política, porém, quando George Bush foi eleito/nomeado Presidente dos Estados Unidos eu, pelo conjunto de dados que o homem me foi transmitindo através dos canais televisivos e artigos de opinião sobre a referida personalidade, deduzi tratar-se do género de pessoa que só teve êxitos na vida. Eu explico. Na escola primária, a mãe da professora (do George) teria sido criada de quarto (sem confirmação oficial) do antigo director da CIA W.C. Bush (mais tarde Presidente dos EUA e seu pai biológico). Saltou para a escola secundária sabendo juntar as letras. Entrou para a Universidade porque a Família Bush não admite insucesso. Pagando claro! Os americanos ricos não têm dificuldade em frequentar os melhores clubes e universidades. Está-lhes no sangue. Não fez tropa (apesar de ter usado farda). Enquanto milhares de americanos morriam no Vietnam, sem se saber bem porquê, ele foi apanhado a conduzir com álcool. Lá, no Vietnam, não havia petróleo... Zonas de influência? Pois sim!!! Não sendo homem de leituras voltou-se para a bebida até que um dia se converteu a uma seita religiosa cristã muito poderosa no mundo da guerra, e deixou de beber. Porém, não deixou de ser quem era. O ex-Presidente dos EUA, Ronald Reagan tinha como seu vice um imbecil que representava a América ignorante, porque na América, mercê das cotas, todos têm assento nos lugares da administração pública. O George Bush, foi para Presidente arrumando um dos mais prestigiados políticos americanos, Al Gore. Foi substituir Bill Cliton, um dos mais cultos políticos americanos apanhado nas malhas da má língua porque gostava de sexo seguro e não queria procriar. Por fazermos comparações é que achamos George Bush diminuído de todo. Resumindo, a América tem um bom rapaz a chefiá-la. Quando deu ordem para destruir o Iraque, foi porque lhe disseram que tinha sido lá que apareceram os primeiros textos escritos da humanidade. Que não fique nenhum texto em pé! - Ordenou. É um homem com aversão à cultura, apesar de saber distinguir vinho de petróleo. Só uma vez se enganou.. Não se pode olhar àquilo que os americanos (não todos pois há na América gente de respeito) estão a fazer no Médio Oriente sem sentirmos a voz da consciência a acusá-los de muitos crimes. O Iraque tinha um regime ditatorial. Os americanos conhecem bem estes regimes, pois sempre os tiveram e têm como aliados desde que isso lhes traga benefícios. Assim que alguém se interpõe na voracidade dos seus apetites os americanos invadem e matam com um descaramento que já se vem tornando um hábito mundial. Noriega, actualmente preso nos EUA, era Chefe do Estado Maior das Forças Armadas do Panamá quando os americanos resolveram invadir aquele país para o sujeitarem a um julgamento. Tinha sido seu aliado, depois deixara de servir. Para capturarem Noriega que se refugiara na Embaixada do Vaticano (não lhe serviu de nada) os americanos mataram cerca três mil panamianos. Quer dizer, os americanos matam que se fartam. Parece-me que não utilizam a diplomacia para tratar dos assuntos a ela inerentes. Como são militarmente poderosos todos os povos se agacham. Neste momento veio-me à ideia o Professor Freitas do Amaral. O homem teve dignidade ao afrontar teoricamente os agressor americano. Foi o único que o fez tendo responsabilidades governativas. O rapaz de Porto de Mós - que o substituiu - já prometeu enviar papalvos portugueses para a zona de guerra. Não me admirava nada se os americanos invadissem Portugal para vir prender Freitas do Amaral e nos matassem e prendessem como o fizeram com os iraquianos, panamianos, granadinos, etc. Olha só o que nos esperava se Freitas não se demitia... Falar de Miss Condolleza Rice é perda de tempo. É uma moça de recados - tal qual o pobre George - de interesses que estão a pôr o planeta em vias de extinção pôr via da sua cultura de morte.
manuelmelobento

Friday, July 21, 2006

AOS INTELECTUAIS E ALGUNS AMIGOS


AOS INTELECTUAIS E ALGUNS AMIGOS

É verdade (retirando à palavra o que ela tem de filosófico) que as práticas religiosas fazem parte da maioria dos seres humanos. Quando as instruções “pedagógicas” e míticas são incutidas em criança, torna-se muito difícil ao adulto, assim sujeito, torná-las racionais. Muitos evitam discutir assuntos caricatos - tornados matéria de fé por interesses de ordem hegemónica política e outras – porque lhes falta a coragem ou o nervo. Tudo bem, melhor, tudo mal! Se me aparecesse um sujeitinho da minha cidade a dizer que era Filho de Deus num dia, para depois afirmar-se ser tanto Deus como o Pai de quem há pouco se dizia só Filho, de certo que o mandaria lamber sabão. Cristo – que até tinha conhecimentos filosóficos plagiados dos sábios do Oriente, que os tratavam tal qual ele os tratou – para mim não passa de um pregador um pouco enlouquecido ou mesmo até meio parvo, como era aquela cambada de hebreus que inventavam falas com Deus conseguindo levar alguns tansos atrás de si e que o povo chamava de profetas. Um intelectual tem por obrigação analisar, discutir, sintetizar, ajuizar e fazer das suas conclusões motivo de discussão aberta e livre. Carregar mitos tremendos e consubstanciá-los com fanatismos é uma posição um pouco caricata. Aceitar homens normais (ou isso) como sendo deuses que voam para os céus quando encontram qualquer percalço não faz parte do meu estatuto como pensador normal que julgo ser. Se aceitar-se tamanha invenção é ser-se intelectual e normal, então, eu sou anormal e destituído de massa cinzenta. Um homem feito Deus tem de responder pela sua humanidade e isso torna-o debilitado porque os homens conhecem-se uns aos outros minimamente. Creio eu, sem fé, claro!
manuelmelobento
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Wednesday, July 19, 2006


O PARTO

O Édito de César Augusto obrigou que todos fossem alistados. Teriam de o fazer cada um na sua cidade. José de Galileia e Maria sua segunda mulher partiram para Belém. Não havia lugar na estalagem, por essa razão José levou Maria para um estábulo onde dormiriam. Nessa noite, Maria que estava de esperanças, começou a ter dores de parto. Estavam ambos sozinhos. No estábulo havia um burro e uma vaca (o burrinho e a vaquinha) como testemunhas. Maria preparou-se para parir. José fez-lhe uma cama de palha tendo-a coberto com panos de linho. Maria deitou-se retirando as saias e os panos que envolviam a sua enorme barriga e dispôs-se a fazer força e a respirar fundo por indicação de José que já tinha experiência em partos. O bebé saíu de cabeça. José ajudou puxando-o pela cabeça. Um rapaz com cerca de quatro quilos que era muito escurinho tal como os judeus da época apresentou-se ao mundo. Foi um parto normal. José pegou na criança cortou o cordão umbilical e abanou-a. Esta começou a chorar. Lavou-a com um pouco de água do seu cantil e deitou-a numa manjedoira, cobrindo-a com panos de linho branco. Depois de ter aconchegado o filho biológico de Jeová, José voltou para junto de Maria e molhando panos em água ajudou-a a lavar-se. Depois fez-lhe umas fraldas e envolveu as partes ainda doridas de Maria que ainda deixavam sair um fiozito de sangue. Maria adormeceu. O bebé também dormia sorrindo e José aproveitou para ir até à porta do estábulo onde ajeitou uma pedra para se sentar. Depois, olhou o céu estrelado e ficou à espera do exército de anjos que chefiados pelo Arcanjo Gabriel (seu conhecido dos sonhos) viria cumprir o determinado nos textos judaicos cujas cópias seriam muito mais tarde encontradas em Nag Ammadi, na década de quarenta do século XX.
manuelmelobento
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Monday, July 17, 2006

OSSOS BASTARDOS


Se a ministra da Cultura alinhasse com a violação da campa de Dom Afonso Henriques e se depois se viesse a descobrir que o primeiro Rei não tinha filiação real por parte da mãe nem nobiliárquica pela parte do pai - um francês aventureiro e à procura de emprego -, confesso que me entregaria ao Rei de Espanha com a intenção de procurar a minha verdadeira identidade. Já há muito que me fazia uma certa espécie de como Dona Teresa poderia ter engravidado desse francês velho que nem um bode e que nem as suas compatriotas o queriam para sexo oral ou outras variantes caseiras, baratas e ao alcance das bolsas mais modestas. Resta-nos a alegria de sabê-lo filho de um criado robusto adstrito à gleba da Reconquista. Dona Teresa, filha de um dos vários pecados carnais de Afonso VI de Castela, gostava muito de freudar. Acho que tinha uma relação com um dos principais de Espanha de nome Peres de Trava . Se não estou em erro o conde Andeiro comia muito a Rainha Dona Leonor que viria a ser mãe de uma “sexiparidaneta” da dita, uma espécie de princesa Diana inglesa e ninfomaníaca dos tempos modernos. Os cientistas da História querem saber se os ossos do putativo Afonso I, o nosso, estariam de facto partidos numa perna, provenientes de uma queda a cavalo em Arcos de Valdevez (?). Para quê? Eu sei que no tempo de Salazar/Cerejeira, mulher da vida tinha descrito no seu bilhete de identidade o título de prostituta. Os filhos ilegítimos também eram discriminados. Não se respeitava a integridade da pessoa humana nem a liberdade da mulher. Dizia um sábio (já não me lembro do nome) que a diferença entre uma puta e uma mulher séria era de que a primeira vendia o corpo à hora e a segunda vendi-o para toda a vida. Nós sabemos que aquando das bárbaras invasões napoleónicas os franceses violaram os sarcófagos e túmulos de muitos reis e rainhas. Não teriam trocado os ossos por malvadez? Penso que a ministra tem razão. Enterremos o passado e cantemos como Camões a mentirada dos nossos feitos. Imaginação ao alto! Ora exuma este ora exuma aquele onde é que isto nos levaria? Que poucos reis não eram filhos do pai sendo filhos de puta? Que o Cardeal-Rei Dom Henrique tinha morrido de repente em sentido (priapismo) e em cima de uma ama que o amamentara e que ele já desdentado a faria muito gozar ? Que Dom Sebastião não tinha tesão? Que Dom Pedro V gostava de arrumar a mobília na falsa e que por isso tinha deixado a rainha virgem e em bom estado vaginal? Que Dom Pedro IV (já me esquecia) freudava que nem um leão todas as mulheres que apanhava e que fez mais filhos que o Rei David – um tarado sexual - de quem Cristo descende? Meu Deus, que trabalho não teriam os notários se houvesse uma corrida aos registos para mudança de nome e para ver se ainda calhava um título nobliárquico! E se às páginas tantas o DNA nos filiava na linha de um tal Ali Khan que teve mais de mil e quinhentos filhos e que viveu vários anos na Península Ibérica?... A ministra tem razão! Basta de tanto putativo bastardo! E nada de afogar o sistema informático socrático que é tempo de muitos impostos para cima dos trabalhadores via Internet. O povo português espera um Dom Sebastião de nome completo Dom Jerónimo de Sousa e não ossos. Porque toda a vida os roeu...
manuelmelobento
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Sunday, July 16, 2006

NELLY FURTADO - MUNDO A SEUS PÉS

É de estranhar e muito o silêncio que rodeia a única pessoa de entre milhões de açorianos e seus descendentes que atingiu a fama universal... Mais ninguém atingiu tanta fama. É de estranhar que uma alta figura do panorama mundial descendente de portugueses seja tratada de forma tão politicamente baixa.
Daqui a pouco uma simples opinião...

NELLY É MAIS CONHECIDA DO QUE PORTUGAL, AÇORES E TODOS OS JOGADORES DO QUARTO LUGAR JUNTOS

Hoje, domingo, dia 16 de Julho, encontrava-me a tomar uma bica no Café “CV”, de Ponta Delgada, quando num écran gigante de TV, reconheci a voz e a artista Nelly Furtado, nascida em São Miguel. Cantava ela o seu último sucesso que a tinha catapultado para os TOP da América. A estação que emitia a canção mundialmente famosa era a MTV. Para quem há pouco tinha consagrado os jogadores da bola - que ficaram em quarto lugar no Mundial da Alemanha como deuses a quem a pátria teria ficado eternamente agradecida ao ponto de os designar de heróis e de deuses - e que não ligava pevide a uma compositora, música e cantora que atingira os píncaros da fama haverá muito a dizer. Durante um mês os telejornais abriam com o resumo dos pontapés dos heróis e com reportagens das mulheres dos ditos cujos que muito empenhadas mostravam os seus dotes. O país político gastou milhões de euros para promover Portugal não como exemplo de ciência, arte, literatura ou coisa que o valha. O país político endividou-se para dizer que jogamos bem à bola. Quem ganhou com a estratégia milionária de uns quantos imbecis que teimam dar continuidade ao obscurantismo? Alguns jogadores e meia dúzia de piranhas que fazem do erário público uma bolsa privada! O futebol é importante? Com certeza, mas na sua real dimensão. Porém, há mais coisas importantes! Depois desta encenação escabrosa, onde até as pobres mulheres foram utilizadas como gado promocional, quem dá um tostão furado para ver um único jogador que se desloque sem a amásia dos últimos tempos e que não seja conhecida do mundo dos escândalos dos tablóides? Para que serviram os milhões investidos? Para pedir de mãos postas para que continue a leccionar pagando ao senhor Scolari duzentos e tal mil euros mensais? Para pagar às piranhas que como satélites em rotação não deixam a bola maior? Se isto é uma vergonha de despesismo por que razão os políticos se misturam? Fotos comprovam o aproveitamento! Não é segredo! Terá a bola tanta importância como Fátima ou mais ainda? Será o futebol sacrossanto? Em Portugal os merdia fazem a opinião pública e a opinião pública faz os merdia. Estão bons uns para os outros... Não era de aproveitar a enorme publicidade de Nelly Furtado a nosso favor? A favor do nosso turismo? A favor de levar Portugal onde ninguém o conhece para além de uma região autónoma de Espanha? Ao menos o Governo Regional dos Açores aproveite a boleia que se mete pelos olhos dentro. Todavia, cuidado! O que me parece é que Nelly Furtado é um caso de sucesso indiscutível, porém, não deixa de ser um caso político que pode queimar. Não há explicação plausível para o tratamento que é sujeita neste país indiferente... e/ou merdoso!
manuelmelobento
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Saturday, July 15, 2006

CU-OÁSIS


A PRAIA DOS MOÍNHOS, UM VERDADEIRO
CU-OÁSIS

Dezenas de pessoas, incluindo crianças e adultos, banham-se diariamente, no Verão, no mar ao norte da ilha de São Miguel. A mais famosa de todas as praias daquela zona é a Praia dos Moínhos. O que a RTP/Açores transmitiu, hoje, dia 15 de Julho, foi um trabalho que se por um lado é um alerta para as autoridades sanitárias por outro é um duro golpe “na honra” turística dos micaelenses tornados europeus da Civilização Ocidental. “Honra” que efectivamente está no cu. Eu já explico. Primeiro vou socorrer-me da História para melhor raciocinar... Quando Jesus Cristo juntamente com os Apóstolos e algumas santas (eram todos santos e santas – diz Roma) mulheres atravessavam o deserto para transmitir a palavra do Senhor seu (deles) Deus, naturalmente que quando queriam fazer cocó não podiam utilizar sanitários com água corrente. Tinha de ser feito com o rabo ao léu. Depois, para se limparem, uma vez que não havia papel higiénico nem os jornais circulavam (o papel ainda não tinha sido inventado, o papiro era propriedade dos escribas e os pergaminhos ainda estavam junto aos carneiros) tinham de utilizar os dedos ou as pedras. Eu opto pelo uso das pedras para fechar por aqui este raciocínio... Mais tarde, muito mais tarde, quando Salazar nasceu em 1889 (dezanove séculos depois) em Santa Comba Dão, o povo defecava nos campos. Como os gatos, fazia uma covinha, servia-se e por último utilizava a pedra como na época do Salvador. As habitações não tinham casas de banho. Nem se sabia o que isso era. Penso que Salazar só viu a primeira retrete quando foi para o seminário. Não sei se o estão a ver com os calções em baixo? Mesmo assim, nos conventos os buracos eram colectivos. No Convento dos Capuchinhos, ainda se podem ver oito buracos para o cu todos separados por sete a dez centímetros. Não sei se o ditador que governou o país, mandou construir uma retrete em casa depois de se doutorar ou se depois de se tornar ministro das Finanças. Deixo esta parte para o Prof. Saraiva investigar. Naturalmente que a maioria das doenças que não tinham explicação eram provenientes da falta de higiene. Não é preciso ser-se bruxo para tal se concluir. Quando o 25 de Abril libertou o povo da ditadura salazarista o que mais falta fazia, para além de acabar com a guerra e com os analfabetos era dar a cada um uma retrete. Sobretudo àqueles que possuíam casa sem terreno à volta. Um dia (1992) quis fazer um trabalho sobre retretes na área escola e houve quem se mandasse ao ar julgando que eu estava a gozar. Não, não estava! Os alunos falavam-me de cada coisa... Havia famílias micaelenses que se dispusessem de um deserto dariam graças a Deus... Quando o povo começou a perceber que a água não servia só para ferver sopa nem só para regar as novidades, foi um tal pedir subsídios para poder cagar. Primeiro para comer, claro está. Como se comia muito pouco em São Miguel (nas outras ilhas, não sei) não havia mais do que dois sanitários para uma população de 150.000 almas. O segundo foi construído na década de cinquenta aquando da inauguração da Avenida Marginal em 1951. Uma desgraçada que na Calheta sentisse apertos só se podia satisfazer atravessando toda a cidade a pé até chegar ao Campo de São Francisco (2 kms). Um dia, era eu miúdo, vi uma mulher de fora da cidade, numa rua de terra, levantar umas saias muito compridas e urinar como uma vaca. Pareceu-me. Só muito mais tarde, quando aprendi a ler, é que pôde distinguir com mais certeza... Com os hábitos de comida trazidos pela democracia o povo deu largas aos intestinos, tal qual os ricos. Logo, são necessários sanitários em toda a parte. No Verão, nada mais lógico, são precisos sanitários. O primeiro de serviço público foi construído na Praia Grande, em Ponta Delgada, por ordem de Américo Natalino de Viveiros, na década de oitenta. Daí para cá foram-se construindo aqui e ali imitações. A da Praia dos Moínhos é muito posterior. Acontece que os esgotos da trampa daquelas instalações vão directamente para o lugar onde o povo, a burguesia e outros aspirantes, se banham. O que é que se pode fazer a estes europeus (?) senão dar-lhes cursos de higiene? Não se pode chamar à razão os responsáveis, porque eles devem ser do tempo em que entrar numa casa de banho dava azo a interpretações erróneas. Alguns, por desconhecimento, devem julgar ainda tratar-se de um consultório de dentista. E agora, em termos de turismo? E agora, as outras praias? Será que os turistas que escolheram a nossa Região Autónoma como destino de férias não irão pensar que cagamos para cima de nós próprios? Por favor micaleses, façam como os Apóstolos, caguem no deserto! “Entances”, não é mais higiénico!
manuelmelobento
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PERIGOSAMENTE CEREBRAIS


SÓCRATES VERSUS MARIA JOÃO AVILLEZ

UM TANGO DE CÉREBROS


Em nome de Portugal, Maria João Avillez examinou o primeiro-ministro José Sócrates, na sua rubrica “Outras Conversas”. A entrevistadora apresenta-se sempre bem preparada quer se trate de questionar escritores, religiosos, poetas, políticos, etc. Como é que o faz? Não sei! Melhor, só com uma cultura específica em diversas áreas é que se consegue ser tão rigorosamente científica nas matérias tratadas. Avillez levou Sócrates a fazer um exame no terreno da sua magistratura, não permitindo que o chefe do executivo descambasse para um acto de autognose laudatório. Sócrates esteve à altura. Poucos primeiros-ministros aguentariam um devassar da sua práxis sem se estatalar. M.J. Avillez num fogo cerrado obrigou-o (Sócrates muito delicado e muito longe do Sócrates da (na) Assembleia da República) a fazer a distinção entre o seu magistério e o de Guterres. Sócrates – sempre optimista no projecto para Portugal – foi obrigado a declarar que a contenção e rigor nas contas do Estado eram para continuar. Não deixou a meio as explicações solicitadas e, sempre cavalheiro, pedia para expor o seu pensamento até ao fim. Travou o descalabro económico para afirmar a M.J. Avillez e ao país que saímos do estado da tanga para o estado da recuperação económica, cujos indicadores “a fiscalização europeia” confirmava. Tinha na cabeça o número de penetras da função pública (incluindo professores) que gozavam de um estatuto que nem os funcionários do Estado brasileiro do tempo da ditadura de Castelo Branco usufruiam. Uma espécie de lombrigas que só se humanizam no dia em que levantam o ordenado. A uma pergunta muito delicada de MJA, acerca da futura nomeação do Procurador Geral da República, o primeiro-ministro (rápido em segundos alongados...) respondeu ... constitucionalmente. Foi um momento giro, porque talvez não estivesse à espera de como a pergunta lhe seria colocada, ou mesmo se o fosse. A imagem de Sócrates saiu muito reforçada. Maria João Avillez ao elevar a fasquia e o tratamento dos assuntos de Estado a um nível pouco usual de exigência na área da política participativa, obriga, a partir de agora, ao incómodo do que é ser-se nomeado para um cargo apenas pela simpatia ou por favores, onde a competência mora longe. E competência a partir de agora é o que se exige. Mesmo que numa de abertura “humilde” se diga que até com Cavaco Silva se aprende. Esta Maria João Avillez tem cada uma...
manuelmelobento

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Friday, July 14, 2006

A PAZ SANTA SEMPRE JUNTO À FORÇA


Ao olhar um pouco atrás aquilo a que se designa de História e na parte do domínio dos que detêm o poder verifica-se que a religião está sempre presente. Portugal em 1940 assina uma Concordata com a Santa Sé precisamente quando a ditadura salazarista começa a organizar-se no sentido de colocar os direitos, liberdades e garantias conquistados com o fim da monarquia, no deserto das aspirações democráticas. Em 2004, era então primeiro-ministro o senhor José Barroso (ex-ateu, ex-maoísta), Portugal reformula o texto inicial aplicando-lhe uma forma mais adequada aos condicionalismos da nova era. Em 2004, Portugal agoniza economicamente. Vem aí uma nova democracia. Aquela que comandada pelo capitalismo selvagem determinará o fim do Estado Social. É fastidioso estar a enumerar as medidas que foram tomadas com o objectivo de inverter as chamadas conquistas populares. Qualquer um que se interesse minimamente pelas coisas públicas saberá do que se trata. Parece que a Igreja de Roma não descola das ditaduras nem das democracias burguesas. Quando surge a imposição de medidas drásticas pelos governos seus associados, “Roma” cala-se numa cumplicidade milenária. Foi sempre a sua política. A ideia que tinha da Igreja de Roma, exceptuando os primeiros veiculadores do judaísmo cristão, era de que ela não passava de um Estado sempre em guerra e nos intervalos desta uma casa de deboche. Eu não estou a inventar, estou lendo história. A Igreja de Roma com os seus exércitos ocupou, violou, assaltou, matou,etc. Quanto ao deboche basta-nos regredir umas centenas de anos para percebermos, por exemplo, o que um representante de Cristo, um tal Papa Alexandre VI, fez da Basílica de São Pedro. Transformou-a numa casa de putas. O filho deste Papa, César Bórgia, um assassino confesso, foi um dos maiores carniceiros da Cidade Santa. Aprazia-se a matar os pretendentes da irmã Lucrécia, por sinal um grande coiro. Se não morre o Papa (seu pai) tão cedo ainda a veríamos nalgum altar de um país mediterrânico, que são os mais fáceis de “converter”. Um dia chegou ao Vaticano um gajo porreiro. Roncalli de seu nome. Mal saíu o fumo branco, tomou o nome de João XXIII. Foi das personalidades que na minha juventude mais me marcou. Devia ter substituído o nome de Papa por outro mais digno. Penso ter sido o seu único erro... Depois dele a Igreja de Roma politizou-se nos novos moldes e voltou ao mesmo já sem sujar as mãos directamente. Fausto e viagens para converter. Converter a quê, fica-se sem saber. O Papa passeia-se de branco como uma pomba e sempre com as palavras amor e paz na boca. Por onde ele se passeia fico sempre à espera de encontrar uma pomba, o amor e a paz. Nada! Vai aos países para sacar as avultadas dízimas que raramente são contabilizadas. Parece-se com o príncipe Ali Khan que todos os anos recebe dos seus fiéis o equivalente do seu peso em oiro... O Deus que serve ambos é o mesmo, só o que varia é o notário. Para que serve a Igreja de Roma que está infiltrada por toda a parte? O Mundo está em guerra e daquelas bocas só se houve amor e paz. Só que o dizem tão baixinho que ninguém ouve. Pelo menos nas suas embaixadas não há um indício sequer para obrigarem os governos onde estão representados diplomaticamente a encetarem negociações de paz e retirarem do terreno onde morrem todos os dias mulheres e crianças. Perdão esquecia-me que o Papa tem outras prioridades como sejam o combate ao aborto e o levar a mensagem da dignidade à humanidade revelada por Deus... a todos os homens de boa vontade. Não sabemos onde é que eles estão. Em Roma, não é de certeza. E os homens da paz olham embevecidos a guerra. Naturalmente a Guerra Santa é que os torna santos...
manuelmelobento

Thursday, July 13, 2006

A CASA DOS SOPROS


O VERDADEIRO RELATÓRIO
Depois de uma cansativa campanha futebolística, Portugal foi de férias. Não sem antes os ditos (aquando das eleições) representantes do povo terem ido prestar contas na casa dos grandes sopros. O senhor deputado está com aquele rizinho de outras alturas de quando se falava na Internet nesta sala. Ó senhor deputado. O país cresceu. Risos. O papudo: tem mais um minuto. Obrigado senhor presidente. O sempre baixinho e sempre contra falou. Voz grossa, voz ainda do que resta do dia do cão. O senhor prometeu. Não cumpriu. O primeiro-ministro deixa cair pingos de suor sobre o caso no casaco. Diz a jornalista da SIC, a mesma que dava sempre em cima de Santana Lopes. Ana Neves se não estou em erro. O sistema de refrigeração não funciona. Para pôr os frigoríficos a trabalhar leva muitos anos. Luís Fazenda fala como se já tivesse almoçado. O seu colega-tipo-frade-fundamentalista também teve o seu tempo de antena. Lição estudada apesar de muito repetida. Ana Drago, cada vez mais magra e cada vez mais do contra. Sempre do contra. Mesmo com aquela cara menineira. Já deve ser bem madura. Odete a artista revolucionária calada. Jerónimo de Sousa quer saber que esquerda é a esquerda do partido socialista. Só agora senhor deputado! Os do CDS sempre bem vestidos. O líder bate-se muito para as câmaras. É do treino. Não pode ser senhor primeiro-ministro. Não é verdade. Silva Pereira o apontador soletra para Sócrates. De pé: a empresa não cumpriu o contrato que assinou no notário dos agora privados. Mas esteja descansado senhor deputado vamos levá-los ao tribunal europeu. Para quê? Oh!, senhor deputado!, já lhe disse e o do Banco Portugal não mente nós crescemos. E o senhor já tem correio electrónico? A jornalista manda passar uma pequena peça. Eh, senhora eu sei lá o que é isso de Internet. Oh, senhor deputado, são dez milhões de caixas e de endereços de correio electrónico para Portugal. É o desafio do avanço tecnológico. Ana Neves faz o fecho, pois tem de deixar abrir o noticiário. Seis bombeiros morreram. Esta casa grande tradicionalmente fecha para férias. Disse o papudo. Tenham cuidado com o ozono. Obrigado senhor presidente, obrigado Portugal. Silva Pereira toma nota: neste Verão abrir os noticiários com a recuperação do Professor Freitas, seguir atentamente as contratações do Pinto da Costa e fechar com um adultério... temos de escolher quem. Toma atenção às revistas cor-de-rosa. UF!
manuelmelobento

Wednesday, July 12, 2006

UI! AI! É A BOLA, MEUS SENHORES!


São 14 horas e 52 minutos. Acordei há pouco. Dei um toque no texto “Que País”. Tinha, como de costume, alguns erros. O que vou escrever, hoje, é de certo modo a continuação daquele, com a agravante de que estou sóbrio... O primeiro-ministro fala de São Bento ao país. Diz ele que o rigor das contas foi de sua iniciativa. Parece um discurso de prestante figura pública. Acaba, neste preciso momento, de chamar estúpida à oposição. Leva palmas. Bem, como conheço o discurso, vamos ao que interessa, A ministra dona Maria Rodrigues deu início à abertura da caça aos professores. Descobriu aquilo que há muito se sabia. Tomou posição. Parte dela é justificável. O ministro da Saúde deu ordem para fechar maternidades e modificar o regime de pagamento de horas extraordinárias aos médicos. Parte das medidas justifica-se. Não se sabe muito bem o que se passa com os outros ministérios, já que são as agências noticiosas feitas com certa política quem escolhe os temas que melhor se adaptem às directrizes dos poderes mais altos. Sabe-se que os gastos com a Defesa são astronómicos e não correspondem às necessidades internas do país. Contensão de despesas e medidas de austeridade. Nada mais falso. Com os dinheiro do Estado Português se pagam, por exemplo, cento e setenta e cinco mil euros (trinta e cinco mil contos) de ordenado mensal ao treinador/seleccionador da equipa A de futebol. Só por ano, o senhor Scolaris leva para casa dois milhões de euros. Fora o que não sabemos. Juntemos a estes milhões outros imensos que servem para pagar aos diversos treinadores, atletas, treinadores-adjuntos. Almoços, jantares especiais, instalações em hotéis de cinco estrelas, vencimentos e horas extraordinários dos funcionários da Federação (seiscentos mais os assalariados), viagens, instalações, água, luz, gás, electricidade. Só o futebol, o seu presidente Madaíl, os custos da publicidade e propaganda, e outras escandalosas mordomias somam milhões de euros que são retirados dos dinheiros do Estado. O “desporto” em Portugal é o espelho daquilo que somos. Pedir isenção de impostos depois de tanto dinheiro ter sido esvaziado em pagamentos diversos e incontroláveis devia ter alertado o Ministério da Educação. Ah!, a ministra dona Maria Rodrigues, que tem o pelouro do desporto está caladinha. Parece que não é nada com ela o facto de haver ordenados à margem das leis que condicionam os limites impostos pelas mesmas. O senhor Scolaris está a trabalhar para o Estado Português e vence como ordenado 35.000 contos mensais. Como é possível os portugueses não saberem nada sobre as contas transparentes desse mudo da bola? Os professores são o bode expiatório das poucas vergonhas! E os outros, como é? O Presidente da República, bom economista, andará tão distraído com a exclusão que se esqueceu de enviar alguns recados sobre este escabroso assunto? E o bem falante primeiro-ministro, terá medo de mandar clarificar os circuitos internos dos dinheiros da bola? E a senhora ministra dona Maria Rodrigues não tem medidas para este pacote de deboche? Só são fortes com os fracos. Ninguém mexe no futebol. Dá perda de votos, além de ser um perigoso e grande polvo. Ui! Ai!(Ditongos crescente e decrescente...) Eram as primeiras sílabas que aprendíamos no livro de Português da minha primeira classe. Teria sido nesse livro que a ministra dona Maria aprendeu a temer? Ui! Ai! E isto é só à volta de uma bola. O que seria se fossem duas? Ai! Ui!
manuelmelobento
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Tuesday, July 11, 2006

QUE PAÍS! (RETOCADO!)

Todas as vezes que escrevo sobre mafias do futebol, a Inernet, bloqueia. Pedem desculpa e não há nada para ninguém. Vou tentar de outro modo, porque também sou teimoso. Ia a dizer que este país é um país da merda, mas tendo em conta alguns que o não são, vou reformular. Claro que vou escrever sobre o pedido que uma certa escumalha (que não presta contas sobre o que recebe do Estado para esbanjar em bolas de couro) fez e que teve ainda por cima o descaramento de solicitar isenção de impostos sobre dinheiros recebidos. Vou jantar e já volto.
Jantei e saí. Meti-me nos copos e esqueci-me que tinha deixado um texto por acabar. Como treinei o meu cérebro para raciocionar (?) mesmo carregado não me importo de o descarregar... Só num país em que o governo é corrupto (penso que não é o caso do governo português porque tem mais imbecis do que espertalhões. É só olhar para aqueles desgraçados que "nos"representam para termos dó deles), é que se pode pensar em pedir isenção de impostos por pertencer a uma instituição cuja idoneidade se basta nos coices. Há tempo para os coices certeiros e há tempo para sermos conscientes. A quem é que os "nossos" governantes pedem sacrifícios? Então, essas figuras prestantes (dos governantes) sujeitam-se a serem fotografados junto aos heróis que por estarem durante meses a treinar para acertar o pontapé deram golo! Ou eu estou meio bêbedo ou à minha volta estão uns patetas que colocaram o país e a sua credebilidade à volta de uma bola? A partir do momento em que o "apito dourado" está a ser investigado por suspeita ( e que suspeita, pois a PJ gravou as conversas - como o faz a toda a gente para apresentar provas) não era dos governantes se descolarem dos suspeitos, suspeitosos dos crimes que os merdia colocam todos os dias nas primeiras páginas? Qual quê, o povo gosta é de diversão! E eis o Presidente (o tal contra a exclusão) e o primeiro-ministro (o da informática-rural) ao lado de todos os aqueles que se julgam acima da inteligência normal, já que acima da lei estão... Eu vou fazer uma afirmação: prefiro ser fotografado junto a uma proficional do sexo, dita prostituta, melhor dizendo puta, do que estar junto ao senhor Madaíl e companhia. Continuando, prefiro ser fotografado junto a uma puta do que sê-lo junto do senhor Presidente ou do senhor primeiro-ministro. São opções! Minhas! Um momento, pois vou emborcar mais um uísque... Continuando. Eu prefiro ser fotografado junto ao cadáver de um bissexual assassinado por educandos cristianizados do que sê-lo junto ao Patriarca de Lisboa. Que triteza! Que tristeza de socialismo que nos governa! Nem calculem o quanto eu detestava o Salazar, esse aborto que a Igreja portuguesa pariu para a servir. Um suíno é sempre um suíno. Mas que dizer dos que fingindo não sê-lo o são? Tudo é possível neste país. Se um dia, o Reitor do Santuário de Fátima sentindo que há falta de trocos, disser que o corpo da vidente ( que viu uma oliveira a mexer) foi para o céu na carroça de Elias, para estar junto ao Jeová ( o tal que está a dirigir a guerra de morte contra as mulheres palestinianas) e a João Paulo II (que devia ser actor), não me admira nada que o senhor Presidente mais o senhor primeiro-ministro para agradarem ao povo se coloquem na fila das personalidades que ocuparão o lugar oficial nos ofícios aos deuses deste lado da Península Ibérica. Eu vou acabar por aqui porque há coisas que fazem parte da nossa maneira de ser. Numa aldeia, uma pobre mulher se der uma queca por amor passa a ser uma grande puta. Se uma "rainha" baixar as saias de cambraia e encavar do jovem pagem para gozar, passa a ser uma santa com direito a altar e abençoada pela Santa Madre Igreja. E porquê? Porque enche a caixa das esmolas e nem sequer precisa pedir isenção de impostos. A pobre, além de ter de pagar impostos, está sujeita à inspecção das autoridades policiais e sanitárias... e isto que vos digo eatá à vista. E sabem V.Exas. quem é que anda à caça dos pobres? Os cães que são da mesma origem social...
"Que deseja dizer aos jovens escritores? " Perguntou o Rui Zink a Luiz Pacheco. Resposta deste crítico: puta que os pariu! (in revista Ler, 1984)
Pergunto eu a Luiz Pacheco. Senhor, que mensagem deseja enviar àqueles que estando cheios de dinheiro por darem coices numa bola, querem ficar isentos de impostos? E, já agora, aos que materializaram tal pedido? Luiz Pacheco não pôde responder. Não estava em casa. Respondo por ele: Vão levar no cu para a doca, enquanto as Portas do Mar não estiverem prontas...
manuelmelobento
(Não corrijo este texto. Não quer dizer que não me responsabilize por ele.)
Nota: acabei por retocar o texto, ao contrário do que tinha escrito
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Monday, July 10, 2006

LUX E QUEIJOS : VELHOS FÓSSEIS


LUX E QUEIJOS

Ainda não consegui descobrir qual é a personagem representada nesta estatueta (Pauline Bonaparte em pé?) com que vou ilustrar este texto. Mas isso, também, não interessa lá muito para falar de queijos e de sabonetes. Queijos e sabonetes são dois prolongamentos do meu corpo. Tempos houve que eu trazia sempre comigo metade de um sabonete. Queijo, não muito. Só mais tarde depois de terem descoberto o plástico industrial por causa dos cheiros... Pertenço a uma “seita aquática” que me obriga a ter sempre os apêndices e orifícios lavados em qualquer hora do dia. Nunca se sabe... Deixei de trazer o queijo porque certo dia li uma história acerca de Dom Afonso II e de um queijo que ele gostava muito por ser fabricado por uma certa aldeã. Ela como prémio ficou debaixo de Sua Majestade, de cognome o Gordo. Eu também gosto muito de queijo, mas nem por isso consegui pôr uma rural debaixo de mim por ela me fazer um queijo. Ou por lho oferecer na vice-versa. Nem queijo nem papo-seco. O que está a dar é o euro. A estória de Sua Alteza não acaba aqui. Perguntem aos Saraivas se quiserem saber mais. Ontem, fui comprar sabonete de marca Lux (antigamente – no tempo do Salazar, nove de dez “besugas” utilizavam esta marca daí a minha inclinação) e antes de me lavar peguei na suposta Pauline e dei-lhe um banho. Qual não foi o meu espanto, o sabonete estava adulterado. Passado por debaixo da água duas vezes transformava-se numa pasta branca tipo plasticina. Não, é o que o leitor está pensando. Na minha idade são precisos eu e a ajudante e daqui para lá ninguém sabe se vou precisar de um motor de busca mais potente que o Google. Resumindo, é que tenho este vício de prolongar o prazer ... de escrever sempre que posso. O sabonete está adulterado. Terá sido só aquela série? Se continuar assim, mudarei para o sabão macaco, de onde nunca devia ter saído, perdão, deixado de usar. Entrem, por favor senhoras autoridades. Quanto aos quejos. Aqui a coisa é mais delicada. O queijo de São Jorge nunca é o mesmo. Varia sempre que as vacas estão na posição da suposta Pauline. Que tipo de touro é este que tão mau gosto dá ao queijo? Emprestem-lhes o “Boi da Junta” de Ponta Delgada, para não perdermos um ex-libris do nosso glossário pandecta/bicabornático (não sei o que isto significa). Quanto ao outro queijo de que eu gostava muito e que agora está a dar gosto a farináceo, é o mesmo, para mal dos meus desejos. Queijo Castelinhos já não sabe tão bem. Vamos lá a ver se não mandam para cá coisas de má qualidade. Nem todos por aqui vão nisso. E, antes que haja uma campanha a sério é melhor refrearem os desejos de imensos lucros à custa dos “micaleses de fila”.

(Pauline estatueta e eu agradecemos!)
manuelmelobento
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Sunday, July 09, 2006

PÍNDARO! DAQUI A POUCO...



AS CARAS DA TRASLADAÇÃO

As pessoas responsáveis que aparecem na pantalha devem pensar um pouco nos que estão no seus lares (o meu é já da terceira idade). Tratando-se da estação de José Eduardo Moniz ou de Pinto Balsemão a coisa muda de figura. É privada! Ambos para venderem um produto qualquer têm de mostrar mamas e mamas e muitos cus. Antigamente eram propriedade de fêmeas, agora são de vários tipos, estilos e posições. Ressalvo aqui a SIC Notícias, porque presta o serviço público que o Estado nos deve e não nos oferece. O trabalho da SIC/N que pessoalmente aprecio, deve-se, de facto, ao contributo cultural incluso na difusão da maioria dos seus programas. A RTP é uma instituição que só tem um dono. Este é o Estado. Quem lá trabalha ou é “funcionário estatal” ou trabalha para este de forma encapotada. O dinheiro que por lá circula é tanto que dá para criar em Portugal uma verdadeira “aristocracia” que dispõe de uma máquina tão poderosa que não há governo que tenha os casulos suficientes (vulgo tomates) para os pôr na ordem. Aliás, os governos precisam da várias RTPs como de pão precisam os pobres, ou os toxicodependentes da droga. As outras estações também precisam dos governos e vice-versa. Formam todos uma bem sintonizada e sincronizada orquestra. O povo português é em certa medida o culpado. Não pede contas e isto deve-se porque também não gosta que lhas peçam. Estamos perante um sistema anódino de fiscalização. O Professor Marcelo não é um intelectual como pode transparecer. É sábio na cátedra! Isso, ninguém o pode negar. Faz umas leituras por alto e muito rápidas. É um homem apenas da reflexão política tendencialmente partidária, muito bem disfarçada na sigla Deus, Pátria e Família. É um homem tido como sério, e isso eu não desminto. É mais ou menos bem nascido (economicamente falando) ganha muito bem pelo trabalho que faz o que acho bem. Foi criada à sua volta uma auréola quase mística. Merece-a! Ser intelectual é ser livre! É não pactuar com ninguém, muito menos com a selvajaria do nepotismo instalado nos media, que eu na minha tontice resolvi denominar de merdia. Se o Professor saíu da TVI por ter sido “Homenzinho”, porque não faz o mesmo na merdia da RTP. Então, o Professor ainda não reflectiu sobre o que fazem os meios de comunicação à cabeça dos desgraçados dos portugueses? Como se consegue criar uma sociedade de conhecimento se agora mais do que nunca as classes sociais estão tão separadas quer em termos de privilégios económicos quer em conhecimento se os nossos crânios estão anestesiados? O senhor tem uma cabeça privilegiada, embora não seja um verdadeiro intelectual como já disse, por que razão nas suas aparições públicas (de serviço público) não começa a dar a volta por cima já que é muito ouvido? Desmonte o que está à sua volta como nos seus bons velhos tempos! Por que não põe no seu lugar essa matilha de cães que anda por aí à solta devorando tudo, até os nossos cérebros? Fale Professor! O Professor já reparou que acabou os seus dias a resumir noticiários aos domingos, tipo homilia estudada à laia de diácono, em resposta às questões que a inesperadamente apagada Flor Pedroso lhe coloca. O Professor e a jornalista pareciam que tinham chegado da trasladação dos ossos de Dom Afonso Henriques. Que caras! O Professor neste momento está vários furos abaixo de José Pacheco Pereira. Eu o que digo é baseado nas dezenas e dezenas de horas em que o ouvi palestrando via têvê. Ouvi-o muito mais vezes do que muitos dos seus alunos de Direito. Sou formado em Marcelo. Muitas vezes saía do lugar onde me encontrava para o ouvir. E, numa semana que falhei, senti que me faltava qualquer coisa. Eu sou coleccionador de tudo que sai do cérebro dos outros. É um passatempo que me sai mais barato do que coleccionar selos ou pinturas. Já agora, Professor, falar-se em Píndaro para justificar o futebol/cultura não caíu lá muito bem. É verdade que os Gregos tinham os seus Grandes Festivais e neles havia toda a espécie de actividades culturais (Tragédias, Comédias, As Panateneias, Sófocles, Procissões das forças vivas, carros de corridas, cavalgada de efebos, Eurípides, etc., que eu já me esqueci do que o padre da Clássica dizia...) mas compará-los culturalmente é um bocado puxado. Talvez com boa vontade se possa comparar as preces dos portugueses dirigidas à Senhora de Fátima para que saíssemos vencedores na bola àquelas que os Gregos faziam quando imploravam a Poséidon... e isso di-lo Píndaro entre outras poesias. Mas, já agora que puxou a Cultura Clássica para o nosso desporto mercenário – o nosso teatro é quando os nossos heróis fingem dores nos relvados - (ao contrário dos gregos que se contentavam com uma coroa de oliveira como prémio) que tal “mudar as instituições para mudar os homens” como aconselhava Isócrates naquele tempo...
manuelmelobento
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Saturday, July 08, 2006

OS MERDIA




Acabei de jantar. (Janto à hora que me apetece!) São 22h e 37m. Na RTP1- futebol; RTP2 – a merda de um filme americano; SIC – brasileiros; TVI – o Caniço e a Sofia Alves num diálogo medíocre; SIC/Notícias – o Madaíl de todos os torneios; RTPN (00:09) - Figueiró dos Vinhos e saltou para o estudo permanente das estatísticas sobre corrupção, ADAE cancela um casamento (impatas freudas) sem avisar o noivo entesoado, operárias para o desemprego, aparece o Ramos Horta que pertence a um agrupamento de pulhas que matou 25 portugueses, o Bento XVI está em Espanha, alguns portugueses de Esposende cantam em sua honra, a Palestina parece Hiroxima. Pico o ponto no controlo e vou até à TV/Açores - Manuel Falcão Estrela Viveiros escreveu um livro. Deixo-me ficar, é um homem da Comunidade/Fall River. Sente orgulho em defender a Comunidade. Emigrante do Ano. Jenny Rocha dança em Nova York. Bonita! Gostei do modo como a peça foi apresentada. Entre a dança e a exposição oral fiquei triste, pois, tratou-se, ao contrário de Viveiros, de um acto de total aculturação. Acabou. Totoloto. Piquei novamente o controlo e vou outra vez para a pocilga do costume. RTP1, outra vez futebol. RTP2 a mesma merda. RTPN, futebol. Porra! Resumindo e espremendo. São 23h-40m. É o que temos. Acho que era de chamar os responsáveis pelas estações estatais e ..., espera, na SIC/Notícia (dos eixosos) também se fala de futebol. Dizia eu, chamá-los e pô-los no olho da rua juntamente com o ministro do pelouro, mas sem reforma. Metem nojo! E quer a ministra dona Maria Rodrigues fazer uma reforma educativa pondo os professores na rua... Nem no tempo do ditador Salazar se cheirava tão mal. A minha sugestão era de voltarem a colocar a placa do velho senhor na Ponte sobre o Tejo, acrescentando os seguintes dizeres: A.O. Salazar (Ditador, criador da PIDE e dos merdia). Faça-se justiça! A estupidez que grassa por este país é culpa de Deus. Pois, foi este que ao expulsar o Adão do Paraíso se esqueceu de ver bem se Eva tinha deixado ficar alguma meia nega atrás. Bem, mas não foi tudo mau nos merdia. Gostei de ver a apresentadora do telejornal/Açores e de a ouvir. Patrícia Tavares: boa plástica e com um sotaque à micaelense muito bem cuidado e perceptível. Sem estar a forçar sotaques de outras bandas que tornam pirosos os que tal fonação utilizam, a “pivot” e o telejornal regional (sopas feitas pelo Espírito Santo) salvaram o dia. Pelo menos para mim que “trabalho” tendo à minha esquerda a RTP/Açores quase sempre.
manuelmelobento (também aprecio futebol, mas o que é demais merdia muito)
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Friday, July 07, 2006

INSPIRAÇÕES...

Por cima de uns livritos sobre literatura francesa, que nunca li, coloquei duas pequenas estatuetas. Uma delas é uma imitação grosseira de Canova da célebre escultura que teve como modelo Pauline Bonaparte (Borghese) com as mamas de fora e deitada. Se fosse verdadeira nem eu vivia em São Miguel nem estava aqui a teclar. Quanto à outra imitação, não sei quem é. Se é grega, italiana ou francesa não sei. Sei que já a vi em dois lugares distintos. Num livro de pintura e numa cama à volta de cem euros fora as bebidas... Para que fui juntar literatura com mamas e rabos de fora? A ideia primeira era inspirar-me para escrever um texto. Não resultou! Espera, espera! Daqui a pouco sairá qualquer coisa... Ora bem, depois de o governo português, dito central, apregoar que estamos em crise global, acabei por entrar numa fossa. E só encontro explicação para o meu caso como consequência da tão apregoada negritude política e social. Sócrates socorreu-se do velho processo motivacional para conseguir ter a malta na palma da mão. O medo, a insegurança, o desemprego, os valores de pernas para o ar, os assassinatos consumados por miúdos "instalados" em instituições católicas sustentadas pelo Estado, a expulsão de um padre por ter dado uma tapona num miúdo indefeso numa intituição do mesmo Estado, as passagens de modelos, a explosão nas vendas de carros topo de gama, venda de vivendas de luxo em alta, professores que não leccionavam por estarem nos sindicatos ou fugidos à leccionação, funcionários públicos metidos no bem bom dos sindicatos prontos para irem para a rua com cartazes a defenderem já não sei o quê em coisas que antigamente se chamavam greves, militares portugueses a prepararem-se em instruções caríssimas para irem para os descobrimentos americanos, crimes em série por pessoas que habitualmente combatiam os criminosos, ministros, Presidente da Republica no intervalo dos excluídos a aproveitar para ir à bola - onde o primeiro-ministro o aguarda, os fogos a arderem já sem os media a preocuparem-se por terem sido avisados por ALGUÉM, o sr. Madaíl e o senhor Scolari a discutirem milhões para cá e para lá por causa de uns coices numa bola (mas que bola!), as pedreiras a produzirem como nunca para alguns autarcas fazerem o gosto à lapidação bíblica, os jornais, as televisões e a rádio com a boca cheia de apitos e hinos, o Ricardo Costa (amigo de Carrilho), Medeiros Ferreira, Alfredo Barroso (descoberto a tempo como italiano pelo ex-ministro) e Rui Santos, todos eles a recitarem Mário de Sá Carneiro (o suicida) por causa de um golo, (e eu sempre a olhar para as mamas da Pauline - que jeito que ela me dava nesta apregoada e constante crise socrática (de José), os intelectuais (menos JPP) a ai! Porra, caiu-me em cima de um pé um embrulho onde tinha guardado a coleccão de jornais e revistas que "falavam" de e sobre o Mundial na Alemanha. Pronto fui apanhado com dois quilos e quatrocentos gramas da nova literatura. A pata a inchar-me. Antes isso do que ser apanhado numa massagem abrasileirada pelas mães de Bragança. Ou a levar no cu pelos miúdos da Casa Pia do Norte. Foge que Portugal foi à bola! Alguém tem coragem de levantar a voz contra os anarcas? Experimenta que peço help ao sr. Fernado Ruas ou a Avelino Ferreira Torres, o vereador de Amarante...
manuelmelobento
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Thursday, July 06, 2006

ERA PARA SER UMA ENTREVISTA COM URBANO...

Era para sair uma entrevista com URBANO, mas antes que lhe sugerisse alguma questão sobre pintura e pintores e outras coisas, ei-lo a falar. Foram "apenas" noventa minutos de "fala fala" e eu "ouve ouve". Noventa minutos representam o mesmo tempo que serviu aos pintos franceses mais o árbitro para nos remeter para as Furnas, a de todos os furos quentes. O pintor pinta e fala. E a entrevista? Foi-se para data a congeminar. Como não gravei nem tomei qualquer nota sobre a sua longa prelecção vou escolher aquilo que o meu cérebro reteve, para, como prolegómeno, introduzir daqui a pouco neste azorespublicum. Então, até à minha memória. Entretenham-se com a foto, por enquanto, que eu não faço a mínima ideia de como começar...
Depois de uma viagem por um Universo (todo seu) que recheou de concepções astrofísicas e metafísicas Urbano dispara: eu pinto "nada". Construindo um mundo de tempo que sem mais aquelas se apropria, porque dele dispõe como registo de propriedade (sua), ei-lo dormindo numa carruagem de combóio (onde se dorme bem) para depois ao acordar ficar-se nesses museus - de Europa dentro das artes - , para, por fim, mirar os Mestres que enterrados estão há muito, mas que se encontram ainda vivos a "leccionar". Em Londres fez um apelo ao humano que são os outros para como desafio encher uma consciência de viajante num crescendo em dimensão e conceito de um vivido. Urbano - de seu nome completo: João Urbano Melo Resendes -, nasceu em São Miguel/Açores mas vive e trabalha ( só pinta!) em Lisboa. Quarenta e tantas exposições individuais. Foi no Museu Carlos Machado, Galeria de Arte Moderna, Arco 8, Biblioteca Nacional/Lx, Galeria 111 de Madrid/Lx/Porto, Londres, Fonseca Macedo, Funchal, Brasília e etc., que já me doem as pontas dos dedos. Devia ter levado o gravador! Para quê? Não sei transcrever as dissertações para o teclado. Uf! Para a semana, sai no azorpress uma possível entrevista com Urbano. É melhor esperar até lá para ver se não me estendo ainda mais. E, para ver se, de facto, ele se revê nas suas/minhas palavras.
manuelmelobento
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Wednesday, July 05, 2006

MAIS UM CONTRIBUTO DA DRª. FERNANDA MENDES (*)


FRANCESES

Antigos invasores de Portugal no século XIX, onde praticaram toda a espécie de crimes. Entre estes contam-se a profanação dos nossos cemitérios, o roubo, pilhagem, e a violação de mulheres. Que eu saiba (e a História di-lo) os portugueses nunca invadiram a França nem fizeram o mesmo que estes nos fizeram. Estava na hora de lhes “tratarmos” da saúde. Não calhou. O que de facto é uma tristeza. Não faço comentários desportivos, porque não sei. Só sei gritar e chamar nomes ao árbitro. Não tenho a calma suficiente para ver um jogo. Gostava de termos humilhado a França como fizemos à Inglaterra. Era uma espécie de vingança para fazermos contas com o passado. Depois de uma derrota há que retemperar forças. Estou a referir-me às minhas. Tenho o corpo dorido e não sei porquê. Ligam-me algumas coisas a Portugal, das quais por mais que as queira pôr para trás das costas não consigo. Acontece, porém, que os nossos elos sentimentais não podem fazer esquecer a vivência destas gentes que anda à nora sem objectivos que ultrapassem os desejos instintivos imediatos. A dura realidade cai-nos do céu de momento a momento. Ainda há pouco assisti a uma compra de um turista (uma das nossas apostas) estrangeiro no minimercado do canto em cima da minha rua. Retirou de um cacho de bananas duas delas, pediu para pesar e posteriormente pagou-as. Quando estive em França, terra que vive “também” do turismo, apercebi-me que eles são uns malcriados para com os que os visitam. A vida é caríssima em Paris. Quem comprasse duas bananas, na terra dos especialistas do sexo oral, de certo ouviria das boas. Esta derrota afectou-me. Todos os dias arranjo uma desculpa para não escrever coisas discretas... Pára!, pára! A Drª. Fernanda Mendes (sexóloga) está a falar na RTP/Açores. Que se lixe a taça. Vamos ouvir. Em 1878 já havia preservativo de borracha. Em França, claro! “As mãos devem ser sempre lavadas.” Entre nós vai ser difícil. Repita sempre doutora que há muita malta que julga não ser tão necessária assim. Lavai-vos uns aos outros! Estou a cem por cento com : "a finalidade de praticar sexo é dar e receber prazer". O dr. Melo Mota, seu convidado, explicou as várias doenças provenientes da falta de higiene. Ouvi irmãs!!! Daqui, pergunto à doutora: os vírus reproduzem-se tendo relações uns com os outros? Perdoe a brincadeira. Este programa já devia ter acontecido há muito mais tempo. Nós ainda estamos muito atrasados em relação ao comportamento sexual. Cada vez me convenço mais que o sexo sem higiene é uma infracção passível de autuação. Conheço alguns espécimenes (dos nossos) que nem mesmo depois de casados tiveram ainda ocasião de ver a nu o cônjuge nas partes. E já estão casados faz décadas. Conheço alguns que nunca viram um clitóris. Eu por acaso conheço porque perguntei, isto é, quem tem boca vai a Roma. O sexo foi durante muitos anos considerado um grave pecado que levava as almas ao Inferno. Houve tempos idos que quando me estava a vir, isto é, a ter orgasmo, me ponha a fugir com medo que o Belzebu me aparecesse. Onde foram os padres das nossas paróquias recolher estas informações para as meter nas cabeças dos rapazes e das raparigas? Será que o sexo como pecado só tem lugar nas ditaduras? Daqui se pode retirar a seguinte conclusão: os padres são agentes das ditaduras. O que é que ganham as ditaduras proibindo o sexo? E as democracias? Cada vez mais me convenço que o sexo é um acto político. Só assim se justifica as perseguições que lhe movem...
(*) - A coragem desta mulher é de realçar.
manuelmelobento
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Tuesday, July 04, 2006

ATENÇÃO POLÍTICOS

O AGENTE

Antes de começar este tratado de auto-elogio desgastante para mim próprio. Devo dizer que caí no exagero. Fotografo-me e coloco-me em posição de destaque nesta coluna e nas outras duas onde também “telescrevo”. A verdade é que a coluna é minha e faço dela o que quiser. Sou o director, o jornalista/colunista/repórter/cronista e só não sou o rapaz das voltas porque na Internet não é preciso. O contraditório às minhas assumidas baboseiras pode ser enviado para: senoriao@yahoo.com. Só digo isto mais uma vez. Anonimatos vão apara o lugar onde coloco a diarreia publicitária. Em primeiro lugar escrevo para mim. Pois o rectângulo está mesmo à minha frente. Depois - por que também tenho opinião - ofereço-a ao Mundo (aqui estou a imitar Freitas do Amaral, o Grande). Esta autocrítica é autodidáctica, se é que posso assim designá-la. Ontem escrevi um texto que mais parecia estar na antecâmara da dependência vigilante de alguma instituição do Estado português, o de todas as vanguardas informáticas. (Ler mais esclarecimentos sobre o facto em José Manuel Fernandes/Editorial/Público de hoje, dia 4). Depois de ter falado com um pensador do nosso meio acerca de agentes de escribas - não ouso citar o seu nome, (não vá ele chatear-se) – resolvi actualizar-me no mundo dos negócios. Aqui vai: assim como os futebolistas, os artistas, os escritores, colunistas, cronistas, etc., têm todos agentes para melhor rendibilizarem as suas qualidades e feitos por toda a parte, assim os políticos vão passar a ter-me como agente. Aceito todos e como pagamento do meu trabalho em classificá-los, transaccioná-los de um partido a outro, colocá-los em subsecretarias, secretarias, ministérios da Educação, das Finanças, Cultura, Economia, promovê-los a candidatos presidenciais da República e de Câmaras recebo apenas 15% do ordenado enquanto estiverem em funções. Por enquanto não tenho autorização para outras áreas. Mas estou a tratar disso... Ora tenho aqui um candidato que vai caber como uma luva para o lugar. É imbecil e competente pois nunca trabalhou. Não tem vícios. Respeitador. Dá-se muito bem com a madrasta . É um pai exemplar (em potência) e sabe cozinhar. Sabe mudar fraldas pois já assistiu à infância desvalida como voluntário numa IIPS. Pôs um anúncio para casar exigindo referências. Tem carro e casa, mas está ainda a pagar à banca. Está à venda, perdão pode entrar ao serviço na próxima campanha. É para já! Depois fazemos contas. Não esquecer que no preço vão incluídos a percentagem para a funerária e o seguro de vida. É uma profissão arriscada. Fechado!
Esta vai sem ser assinada e sem foto, porque estão na coluna da freira e da deusa e a lata já me falta...

Monday, July 03, 2006

UMA DEUSA OU UMA FREIRA...


CAMPANHA DE VERÃO E EU MÚMIA

A malta está chateada com a falta de sol. Este faz falta. Os novos divertem-se nas praias. As múmias sentem-se divertidas como compensação. As suas barrigas não encolhem. As rugas permanecem e nem a erosão do tempo as disfarça. As ondas a apelarem aos furadores. A excitação revive brejeira para logo partir traindo suspiros vãos. Só a saborosa soneca da digestão aninha-se. De lagosta? Ainda não! O reembolso tarda e o subsídio de férias ainda está longe. As ilhas para aqui estão estendidas meias húmidas de período permanente. O barco que as liga lentamente toma mar que já era sem tempo. Alguns Caimão, outros ainda cá estão. O Espírito Santo tapa buracos. Mas é festa. E esta faz falta. O Governo de Todas as Ilhas salta de uma para outra. Aqui vai um hotel, desta cartola “pandórica”. Mais adiante um esticão aeroportuário. Há ilhas de sem ninguém que também são coesão de alguém. Tira as patacas do fundo do colchão meu velho cacique. Investe na tua ilha! Estás sempre de mão estendida. Aprendi com Salazar: no poupar é que está o ganho. Ai é? Então, só levas promessas. Tudo o que pedires terás. Não tem é data. Ah! Ah! Ah! (Riso deste só no comité, para paspalho não ouvir e poder votar em consciência). Que falas destas também são trabalho. E eu a passear na Avenida Marginal e logo ali as “Portas do Mar” para me calar e vergar a César o grande timoneiro, perdão que isto era o outro. As “Portas do Mar” são em terra e avançam mar adentro. O Pesqueiro dos invernosos banhistas recalcitrantes. Ora, afinal somos as vítimas: queremos mar! Até isso nos tiram. Isso não se faz. Não levas o meu voto. Também nunca votei. Ah! O homem faz e Deus obra. Obra chuva e tira o sol. Não somos ninguém depois de mortos. Alguns mesmo em vida... Sonhei que estava a freudar com a Florbela Espanca. Sempre que isso acontece perco o fio da crónica. Sai liturgia, sai rima. Ainda tenho o sabor dos lábios ensalivados dos sonetos. Morta me apaixona! (Influência das brasileiras. Das telenovelas ou dos bares? Já não sei). Amar amar perdidamente um copo, um corpo? Não! Só memória em foto que os neurões é que se divertem e consolam. Brincalhões que desrespeitam senilidades. Que venham as tromboses para os castigarem. Haja justiça! Não como mas eles também não. Gostava de morrer abraçado? Sim! A Deus? Porra! Só se fosse fêmea, deusa e lavadinha. Na ausência desta, uma freira também serve, das novas, claro! Lençóis de linho a enrolarem-me como Kéops, Kéfren e Mikerinos ( e a História e o Livro dos Mortos a saltarem nas sinapses) ... e sem entranhas por causa dos bichos.
Já estive melhor? Certamente!
manuelmelobento
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Sunday, July 02, 2006

SÓCRATES E A SOCIOFILIA


O DESEMPREGO É O EMPREGO NO DESEMPREGO

O rapaz de Porto de Mós é a partir de amanhã o próximo ministro dos Negócios Estrangeiros no governo do Eng. Sócrates (o da informática). A comunicação social portuguesa (inconscientemente europeia) já se está a preparar para fazer a cama a Luís Amado. Um pró-americano declarado. Um homem de confiança do imperialismo. Um homem de conteúdo capaz de se encaixar na forma do bolo que o primeiro-ministro está amassando à mão para o Portugal. O modelo de Sócrates para o país está a compor-se à margem da Europa dos vinte e cinco para depois se poder integrar nele, já sem os vícios que temos. Manter Freitas nos Estrangeiros era ofender os Estados Unidos, mesmo depois da rectificação das bocas pró-Islão do ex-ministro responsável pelas “conversas” com o exterior. Freitas dá uma dignidade (à antiga) às funções que exerce. Ninguém conseguiu ridicularizá-lo, mesmo dizendo baboseiras. Estas passavam a estatuto oficial na sua boca. Não aprendeu a rir à Carmona Rodrigues para agradar a ninguém. Os assuntos eram levados a sério. Freitas não era deste Portugal. Freitas, por exemplo, junto a Durão Barroso parecia um senhor feudal, enquanto este mais parecia um simpático balconista de uma loja de perfumes. A dignidade foi-se na dimensão da nossa representação internacional. Amado veio da Defesa. Quem vai para esta pasta tem de ser uma espécie de moço de recados, mesmo aparentando um ar de Estado como foi o caso de Paulo Portas. Severiano Teixeira é do mesmo estilo. A instituição militar em Portugal ainda está bem assente nos velhos castelos de onde se partiu para aventuras guerreiras acompanhadas de mercenários ingleses e franceses. Os gastos de milhões de contos em armamento para os militares brincarem à guerra do Solnado são prova das birras dos seus possidentes Estados Maiores. Depois, como as crianças, põem os brinquedos no lixo. Desta vez nem os montaram. Os militares exigem e os ministros com o ar de imbecil de sempre fazem-lhes a vontade. Aconteceu com os governos de Guterres/António Vitorino, Durão/Portas, Santana/Portas e agora Sócrates/Amado/Teixeira. A comunicação social destruiu Santana Lopes por que este como figura do “jet set” dava-lhes mais jeito. Não soube explicar por que era Santana Lopes o mais competente político português que se sentou na cadeira de São Bento, nesta terceira república. Nunca foi apanhado em falso nos “dossiers” do Estado. Isto está gravado. Dominava todos os assuntos. Em meia dúzia de dias formou um governo de competentes. Álvaro Barrete, um monstro sagrado de competências, aceitou ser seu ministro da Economia, tendo em quatro meses tomado cinquenta e duas medidas que estão ainda em vigor. O que o matou foi a sua propensão para agradar aos media. Morreu pela boca como os peixes. Caíu porque um dos papeis de um discurso não estava por ordem. Caíu porque um ministro se demitiu por ciumeira. Caíu porque Paulo Portas fez uma careta ao ser indigitado Ministro do Mar para além da Defesa numa cerimónia tipo Estado Novo com as personagens deste novo Estado. Caíu porque dormiu uma sesta que não dormiu. Além de tudo, e isso Portugal dos assexuados não perdoa, tinha namoradas. Quando era secretário de Estado da Cultura de Cavaco Silva (o inculto economista) não ascendeu ao cargo de ministro para não fazer sombra aos medíocres. Além de tudo, o raio do homem é bem falante, elegante e inteligente. E por obrigação culto. Ficou lixado. Quando se falava dele parecia que se tratava de algum energúmeno. Este país se pudesse tê-lo-ia levado à fogueira acusado, como Camilo, ou coisa que o valha. Imaginemos Santana no lugar do sortudo Sócrates. Bom povo: eis a revolução tecnológica. Cada português pode ter uma conta na Internet de graça. Que graça! Meus senhores: o desemprego é o emprego no desemprego. (Esta tem direitos de autor!) Os ministros que o capitalismo despediu não foi ele, fui eu! Eu sou um verdadeiro sociofílico! A direita portuguesa perdeu a oportunidade de se modernizar com Santana o social-democrata da linha de Sá Carneiro, aquele que chegou a distribuir oficialmente terras no Alentejo a quem as trabalhava. Nem o Partido Comunista o fez quando esteve no poder através do ministro de Estado Álvaro Cunhal. Estou a referir-me a actos oficiais. Não estou a falar em ocupação selvagem. Viva Sócrates! Viva a América! Viva Bush! Viva Fernando SIC Rocha!!!
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Saturday, July 01, 2006

A DIVINA INTENÇÃO DA MALEDICÊNCIA


UMA EXPERIÊNCIA DOS DIABOS: A MALEDICÊNCIA

Quando as pessoas começam a perceber que os quinze minutos de fama que cada um tem apresentam uma factura muito alta, dão-se por arrependidas. Às vezes é tarde demais. Ficam com a vida devassada e apregoada aos quatro cantos. Geralmente o que se segue é a maledicência. Esta é a única “arte” que quando chega, deixa-se ficar para sempre, isto é, até ao fim dos dias dos delatores e dos recipientes. A maledicência assenta arraiais contra os valores que mais prezamos. Aqui já começo a escrever asneiras... Nem todas as sociedades têm os mesmos valores. E essa de alguma psicologia dividir as sociedades em dionisíacas e apolíneas não passa de ingenuidade escondida por falta de uma investigação global, séria e rigorosa. Freud também se pôs a inventar sobre o cérebro sem o conhecer nem por dentro nem por fora e era um cientista . Apesar de tudo abriu caminho a uma espécie de “conhece-te a ti mesmo” que os laboratórios de hoje e muito bem apetrechados vão desvendando com observação e rigor. Nas ditaduras, com a censura que a caracteriza, a comunicação social é muito temperada. É-o na medida em que não deve ser perturbadora. Um regime musculado é por sua índole e modo de estar improgressivo e estático. A maledicência numa ditadura não circula pelos canais oficiais. Utiliza o boato rural e urbano conforme os casos. Pessoas excelentes foram de um dia para o outro pincelados com uma imagem tão pouco baixa que até faz fugir os amigos outrora íntimos e do peito... Todos jogam à defesa. Quando um ponto passa a conto e este a nódoa é preciso ter uma forte formação mental para viver com ele, ou conviver com quem foi a tal sujeito. Com a caminhada imparável para a libertação da mulher a maledicência está com a vida dificultada. Com a libertação e assunção dos homossexuais e dos bissexuais a maledicência fica numa posição ridícula. Levei no cu, e depois? É proibido? (Esta pode ser uma boca de mulher ou de homem). E quem o condenar está sujeito a ser levado a tribunal por discriminação. Também temos os heterossexuais. Que eu não sei bem o que é. Um momento! Um momento! Pois, vou filosofar sobre o assunto. Não sei a razão porque sempre que falo de sexo me dá vontade de rir ou de me vir. Agora estou a rir. Pudera! Se eu não me levo a sério como posso levar um assunto destes até ao fim e com espírito científico? Uf! Bom. Estava a dizer que não sabia o que era um heterossexual. Será que só é heterossexual quando estiver no acto? Não conheço nenhum que esteja sempre a actuar. Nem na Bíblia sagrada tal exemplo é possível lá descobrir. Portanto será heterossexual só quando actua? No resto da vida em que está quieto que nem um ruminante só é hetero por intenção. Logo, há mais tempo em intenção do que experimentação. Então, o sexo, uma vez que é na maior parte do tempo intenção nos heterossexuais (o corpo não aguenta!), é mais um dado quantitativo temporal do que um dado comportamental continuado. Para os outros a regra é a mesma. E agora? O sexo tem muitas variantes. Assim, as orientações sexuais só são uma parte. A intenção outra. Não é de admirar se um dia destes os sexólogos começarem a perguntar: foi-se-lhe o tesão/hetero/bi/homo ou a intenção caro/a paciente? E se a resposta for: uma coisa e outra. Oh, diabo. O senhor/a é divino/a. Não tem sexo. Possui apenas os aparelhos. É como se fosse dono de um carro e não soubesse conduzir. Há imbecis que ainda afirmam que o sexo é um instinto tal como a fome. Eu mato o instinto da fome pelo menos quatro vezes ao dia. Quanto ao sexo como é? No meu diário de há dez anos a esta parte ele meteu um atestado médico. Porra!, e você? Aí onde ninguém o ouve? É ou não é uma intenção? Se ainda é intenção, meu caro, está de parabéns. Senão é maledicência. E esta é capaz de tudo. Fuja dela. Torne-se divino e não fale mal de ninguém nestas áreas, claro!
(Pensamento de SILENO: “Se um dia te deparares com a maledicência no teu caminho, faz como eu: põe o cu de fora. Ela é divina! Não tem cura! E não suporta ver-se ao espelho.”)
manuelmelobento
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