VIVAMOS A MORAL AMERICANA: A MAIS EFICAZ
COMO É BONITA A MORAL! SEUS PECADORES...
Se não estou em erro a história que vou descrever tem para aí uns dez anos pelo menos. Em Waco, Texas/EUA, existia uma seita religiosa instalada numa quinta fortificada. O chefe era um pouco pírulas-discreto, isto é, metera na cabeça de algumas mulheres que ele era um ser-intérprete do divino (e também um pouco divino) a quem elas deviam obediência. Nesse grupo, para além do chefe, havia doze homens da sua confiança. Mulheres e homens perfaziam o número 68. Como desse grupo tinham sido geradas doze crianças o total de seres humanos somava 70. Os homens estavam armados com pistolas como é habito na América. Rezavam de manhã e à tarde. À noite antes de freudar também rezavam. A vida era um verdadeiro regalo para aquele grupo que descobrira uma maneira de viver próximo do paraíso. Como nos EUA existe de tudo, também as ligas da moral se multiplicam como ovos de lagosta. Onde existe miséria dita imoral lá está uma liga da moral para a condenar. O senhor Mr. Bush também pertence a uma seita religiosa muito ligada à moral. Ele mesmo é um moralista. O certo é que ele não tem nada a ver com o desfecho desta história. Só fiz apelo à sua personalidade mais pelo método do que outro valor qualquer. Assim, as ligas começaram a apontar as suas formas de decência como setas para chamar a atenção da opinião pública americana a fim de acabar com aquela pouca vergonha que pensavam ser o facto de homens e mulheres se estarem a consolar para além do que estava “legislado”. Tanto apertaram com a polícia que o intérprete do divino foi convocado a depor. O ser-divino negou-se. Resultado abreviado: a polícia dinamitou o edifício tendo matado todos os seus inquilinos, incluindo como é óbvio as crianças. Os pecadores foram mais cedo para o paraíso que apregoavam e a comunidade moralista passou a respirar o ar da moral e dos bons costumes. Queridas leitoras (tenham calma que eu não vou criar nenhuma seita) e excelentíssimos leitores. Qual a moral da história? Simples! Sempre que haja pecadores (ou terroristas) mata-se toda a gente e o assunto fica arrumado para sempre. Com as imagens dos bombardeamentos israelitas e dos fundamentalistas islâmicos naquela parte do Inferno o tratamento a dar veio, certamente, copiar o modelo das ligas da moral e do viver santificado americano. Mas, pergunta-se: que têm os EUA com aquele genocídio no Médio Oriente? Eu não sei responder. Mas sei que a senhora dona Miss Condoleza disse para o mundo inteiro ouvir: os bombardeamentos devem continuar. Naturalmente a chefe da diplomacia americana quer aplicar o mesmo método das ligas da moral no Líbano. E com resultados, diga-se. Não é que este país, uma espécie de Suiça do Médio Oriente, está parecido com o edifício onde se instalara a seita religiosa do Texas. Porra, dona Miss Condoleza! Diga-me, por favor, onde é que eu vou passar férias agora que tinha planeado banhar-me em Beirute naquelas lindas ex-praias? A senhora é que manda ali. Dê um jeito! A malta vai apreciá-la e muito. E eu também! Beijinhos, à Judas, claro!
PS. Só agora é que percebi que 68+12=80. Estava a pensar nos ilegítimos! Desculpem lá,
manuelmelobento
manuelmelobento
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