Monday, July 24, 2006


AO QUE CHEGAMOS!

Uma notícia importante veiculada por uma reportagem na RTP/Açores, hoje, dia 24, dava-nos a saber que grupos de jovens de facções políticas distintas brincavam em conjunto ao jogo da sardinha. À partida, parecia uma conversa de bananas sem significado, apenas para ir para o ar para tapar buracos, já que a RTP/Açores vive com orçamento de real estação e como não foi atacada por nenhum torpedo do Hezbollah tem de apresentar serviço. Mortos para a política activa, crítica, criativa, cooperativa, democrática, etc, e sujeitos a esta tristeza de olharmos a política regional como um emprego para alguns que servem a política portuguesa e ficámos por aqui... Imagine-se ao que chegamos: a juventude de diferentes modelos políticos (paternais porque a juventude açoriana tem como objectivo político pular à noite o que lhe esvazia o cérebro durante o dia) a brincar às escondidas. Quer dizer que isso não acontecia. Que eles estavam separados. Ah, a política dividiu a malta! Mas dividiu em quê? No convívio dos berros? Nos copos? Há tempo em que é preciso dividi-los para depois não haver engarrafamentos nos futuros tachos. Estes são poucos mas dão muita comichão. Agora torna-se necessário uni-los e dar-lhes visibilidade. É tempo de Verão, parece-me que os neurónios se evaporaram com o calor. A juventude açoriana ora grasna, ora pasma e sempre dançando à noite. O mais triste é que fomos nós que os transformamos naquilo em que eles se tornaram. Não tivemos capacidade para nos tornarmos adultos, conscientes e reivindicativos. E, pior do que isso, não soubemos transmitir-lhes a solidariedade que depois da ditadura nos foi oferecida de bandeja. Não esqueçamos brincar às escondidas. Não faz mal e faz passar o tempo; todo o tempo...
manuelmelobento

0 Comments:

Post a Comment

<< Home