ERA PARA SER UMA ENTREVISTA COM URBANO...
Era para sair uma entrevista com URBANO, mas antes que lhe sugerisse alguma questão sobre pintura e pintores e outras coisas, ei-lo a falar. Foram "apenas" noventa minutos de "fala fala" e eu "ouve ouve". Noventa minutos representam o mesmo tempo que serviu aos pintos franceses mais o árbitro para nos remeter para as Furnas, a de todos os furos quentes. O pintor pinta e fala. E a entrevista? Foi-se para data a congeminar. Como não gravei nem tomei qualquer nota sobre a sua longa prelecção vou escolher aquilo que o meu cérebro reteve, para, como prolegómeno, introduzir daqui a pouco neste azorespublicum. Então, até à minha memória. Entretenham-se com a foto, por enquanto, que eu não faço a mínima ideia de como começar...
Depois de uma viagem por um Universo (todo seu) que recheou de concepções astrofísicas e metafísicas Urbano dispara: eu pinto "nada". Construindo um mundo de tempo que sem mais aquelas se apropria, porque dele dispõe como registo de propriedade (sua), ei-lo dormindo numa carruagem de combóio (onde se dorme bem) para depois ao acordar ficar-se nesses museus - de Europa dentro das artes - , para, por fim, mirar os Mestres que enterrados estão há muito, mas que se encontram ainda vivos a "leccionar". Em Londres fez um apelo ao humano que são os outros para como desafio encher uma consciência de viajante num crescendo em dimensão e conceito de um vivido. Urbano - de seu nome completo: João Urbano Melo Resendes -, nasceu em São Miguel/Açores mas vive e trabalha ( só pinta!) em Lisboa. Quarenta e tantas exposições individuais. Foi no Museu Carlos Machado, Galeria de Arte Moderna, Arco 8, Biblioteca Nacional/Lx, Galeria 111 de Madrid/Lx/Porto, Londres, Fonseca Macedo, Funchal, Brasília e etc., que já me doem as pontas dos dedos. Devia ter levado o gravador! Para quê? Não sei transcrever as dissertações para o teclado. Uf! Para a semana, sai no azorpress uma possível entrevista com Urbano. É melhor esperar até lá para ver se não me estendo ainda mais. E, para ver se, de facto, ele se revê nas suas/minhas palavras.
manuelmelobento
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