Wednesday, July 26, 2006

INTERNACIONALIZAÇÕES...


RELAÇÕES INTERNACIONAIS ?
Enquanto o Partido Socialista dos Açores se vê grego para travar as imposições da União Europeia sem políticas sustentadas e ainda sem credenciais oficiais – o Governo Central deixou cair os governantes regionais numa gritante orfandade - , o Partido Social-Democrata dos Açores, às claras, e aproveitando-se de um buraco que os socialistas deixaram - deixam sempre - na América por incapacidade de atrair sensibilidades (porque o seu discurso levanta certas suspeitas), encetou uma estratégia de representatividade considerada imparável. A raíz de tal aceitação foi criada há muito. A recente história dos Açores/Comunidade não está isenta dos laços criados pós 25 de Abril pelos nacionalistas açorianos, oferecidos de mão beijada aos social-democratas chefiados por Mota Amaral, que soube levar até à exaustão a ideia de terra-natal-saudade-identidade. Acontece que esse elo purificado por uma política atractiva caracterizada pelo desinteresse imediato (muito bem camuflado) não se verga a ideologias mas a personalidades. Sem personalidades credíveis e que disponham de tempo para alimentar a fogueira da identidade e das aspirações da população da diáspora não há lugar para políticas escritas em cima do joelho. Emerge do conjunto de personalidades Berta Cabral. Pela capacidade de trabalho que a caracteriza no concelho de Ponta Delgada, onde reforçou o seu inabalável estatuto de dirigente-política-gestora (quanto mais a atacam os adversários mais a obra dela fica à vista) previa-se que não ficasse a ver a banda passar e a recolher encómios locais. Ao deslocar-se inter-açorianos, uns cá outros lá, transporta consigo o peso indiscutível da representatividade, oficial diga-se. Ninguém nega a Carlos César o mesmo peso no âmbito “internacional” ainda em gestação. Só que ele não pode tapar todos os buracos de que enferma a possível “internacionalização” dos nossos interesses económicos. O governo de César está fechado nos Açores. Quanto mais se mexe mais preso e afogado fica. Toda a sua actuação está dirigida para ganhar as próximas eleições. Se as ganhar, como tudo leva a crer, a vitória será volátil. Só durará mais uma legislatura... Se ele se for embora, adeus vitórias, adeus socialismo nos Açores. Os créditos de Carlos César atingiram o apogeu. Nos Açores é assim! A hora é de mudança! E se não muda é por causa dele, que soube governar à democrata-cristão sobre o património social-democrata. Que já está a fazer falta, politicamente falando, claro está! César tinha as rédeas curtas para voos mais altos, porque isso poderia chocar com os interesses de Portugal aqui. Neste momento, isto até está fora de questão. O equilíbrio de forças entre Portugal e as Regiões está a promover-se positivamente, pelo menos no que nos diz respeito. Portugal começa a perceber que o que nos liga não é para desunir nem destruir, mas sim para solidificar. E só a inteligência o faz perceber. É que governar à distância já está a ficar fora de moda. E isso, uma vez entendido só reforça os nossos laços. Falar-se de Estatuto ou de autodeterminação já é risível. Vai-se andando. Vai-se discutindo. Vai-se cheirando. Não se trata de revisionismos! Trata-se, isso sim, da natureza social do homem moderno capaz de se adaptar às novas condições que o progresso faz por alertar. De facto ou de direito, é só uma questão de papel. E papel passado nunca fez marido e mulher no leito. Vou acabar com uma baboseira já que este está a ficar alongado: o amor é que faz e que une.
manuelmelobento
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3 Comments:

Blogger João Pacheco de Melo said...

"Falar-se de Estatuto ou de autodeterminação já é risível. Vai-se andando. Vai-se discutindo. Vai-se cheirando. Não se trata de revisionismos! Trata-se, isso sim, da natureza social do homem moderno capaz de se adaptar às novas condições que o progresso faz por alertar. De facto ou de direito, é só uma questão de papel. E papel passado nunca fez marido e mulher no leito. Vou acabar com uma baboseira já que este está a ficar alongado: o amor é que faz e que une."

Quem vai levar quem para a cama?

1:00 AM  
Blogger azorpress said...

Oh!, Pacheco... Já não és vegetariano?

5:22 AM  
Blogger João Pacheco de Melo said...

Nada substitui uma boa febra...

9:34 AM  

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