Monday, July 17, 2006

OSSOS BASTARDOS


Se a ministra da Cultura alinhasse com a violação da campa de Dom Afonso Henriques e se depois se viesse a descobrir que o primeiro Rei não tinha filiação real por parte da mãe nem nobiliárquica pela parte do pai - um francês aventureiro e à procura de emprego -, confesso que me entregaria ao Rei de Espanha com a intenção de procurar a minha verdadeira identidade. Já há muito que me fazia uma certa espécie de como Dona Teresa poderia ter engravidado desse francês velho que nem um bode e que nem as suas compatriotas o queriam para sexo oral ou outras variantes caseiras, baratas e ao alcance das bolsas mais modestas. Resta-nos a alegria de sabê-lo filho de um criado robusto adstrito à gleba da Reconquista. Dona Teresa, filha de um dos vários pecados carnais de Afonso VI de Castela, gostava muito de freudar. Acho que tinha uma relação com um dos principais de Espanha de nome Peres de Trava . Se não estou em erro o conde Andeiro comia muito a Rainha Dona Leonor que viria a ser mãe de uma “sexiparidaneta” da dita, uma espécie de princesa Diana inglesa e ninfomaníaca dos tempos modernos. Os cientistas da História querem saber se os ossos do putativo Afonso I, o nosso, estariam de facto partidos numa perna, provenientes de uma queda a cavalo em Arcos de Valdevez (?). Para quê? Eu sei que no tempo de Salazar/Cerejeira, mulher da vida tinha descrito no seu bilhete de identidade o título de prostituta. Os filhos ilegítimos também eram discriminados. Não se respeitava a integridade da pessoa humana nem a liberdade da mulher. Dizia um sábio (já não me lembro do nome) que a diferença entre uma puta e uma mulher séria era de que a primeira vendia o corpo à hora e a segunda vendi-o para toda a vida. Nós sabemos que aquando das bárbaras invasões napoleónicas os franceses violaram os sarcófagos e túmulos de muitos reis e rainhas. Não teriam trocado os ossos por malvadez? Penso que a ministra tem razão. Enterremos o passado e cantemos como Camões a mentirada dos nossos feitos. Imaginação ao alto! Ora exuma este ora exuma aquele onde é que isto nos levaria? Que poucos reis não eram filhos do pai sendo filhos de puta? Que o Cardeal-Rei Dom Henrique tinha morrido de repente em sentido (priapismo) e em cima de uma ama que o amamentara e que ele já desdentado a faria muito gozar ? Que Dom Sebastião não tinha tesão? Que Dom Pedro V gostava de arrumar a mobília na falsa e que por isso tinha deixado a rainha virgem e em bom estado vaginal? Que Dom Pedro IV (já me esquecia) freudava que nem um leão todas as mulheres que apanhava e que fez mais filhos que o Rei David – um tarado sexual - de quem Cristo descende? Meu Deus, que trabalho não teriam os notários se houvesse uma corrida aos registos para mudança de nome e para ver se ainda calhava um título nobliárquico! E se às páginas tantas o DNA nos filiava na linha de um tal Ali Khan que teve mais de mil e quinhentos filhos e que viveu vários anos na Península Ibérica?... A ministra tem razão! Basta de tanto putativo bastardo! E nada de afogar o sistema informático socrático que é tempo de muitos impostos para cima dos trabalhadores via Internet. O povo português espera um Dom Sebastião de nome completo Dom Jerónimo de Sousa e não ossos. Porque toda a vida os roeu...
manuelmelobento
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