Wednesday, July 19, 2006


O PARTO

O Édito de César Augusto obrigou que todos fossem alistados. Teriam de o fazer cada um na sua cidade. José de Galileia e Maria sua segunda mulher partiram para Belém. Não havia lugar na estalagem, por essa razão José levou Maria para um estábulo onde dormiriam. Nessa noite, Maria que estava de esperanças, começou a ter dores de parto. Estavam ambos sozinhos. No estábulo havia um burro e uma vaca (o burrinho e a vaquinha) como testemunhas. Maria preparou-se para parir. José fez-lhe uma cama de palha tendo-a coberto com panos de linho. Maria deitou-se retirando as saias e os panos que envolviam a sua enorme barriga e dispôs-se a fazer força e a respirar fundo por indicação de José que já tinha experiência em partos. O bebé saíu de cabeça. José ajudou puxando-o pela cabeça. Um rapaz com cerca de quatro quilos que era muito escurinho tal como os judeus da época apresentou-se ao mundo. Foi um parto normal. José pegou na criança cortou o cordão umbilical e abanou-a. Esta começou a chorar. Lavou-a com um pouco de água do seu cantil e deitou-a numa manjedoira, cobrindo-a com panos de linho branco. Depois de ter aconchegado o filho biológico de Jeová, José voltou para junto de Maria e molhando panos em água ajudou-a a lavar-se. Depois fez-lhe umas fraldas e envolveu as partes ainda doridas de Maria que ainda deixavam sair um fiozito de sangue. Maria adormeceu. O bebé também dormia sorrindo e José aproveitou para ir até à porta do estábulo onde ajeitou uma pedra para se sentar. Depois, olhou o céu estrelado e ficou à espera do exército de anjos que chefiados pelo Arcanjo Gabriel (seu conhecido dos sonhos) viria cumprir o determinado nos textos judaicos cujas cópias seriam muito mais tarde encontradas em Nag Ammadi, na década de quarenta do século XX.
manuelmelobento
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