Monday, July 10, 2006

LUX E QUEIJOS : VELHOS FÓSSEIS


LUX E QUEIJOS

Ainda não consegui descobrir qual é a personagem representada nesta estatueta (Pauline Bonaparte em pé?) com que vou ilustrar este texto. Mas isso, também, não interessa lá muito para falar de queijos e de sabonetes. Queijos e sabonetes são dois prolongamentos do meu corpo. Tempos houve que eu trazia sempre comigo metade de um sabonete. Queijo, não muito. Só mais tarde depois de terem descoberto o plástico industrial por causa dos cheiros... Pertenço a uma “seita aquática” que me obriga a ter sempre os apêndices e orifícios lavados em qualquer hora do dia. Nunca se sabe... Deixei de trazer o queijo porque certo dia li uma história acerca de Dom Afonso II e de um queijo que ele gostava muito por ser fabricado por uma certa aldeã. Ela como prémio ficou debaixo de Sua Majestade, de cognome o Gordo. Eu também gosto muito de queijo, mas nem por isso consegui pôr uma rural debaixo de mim por ela me fazer um queijo. Ou por lho oferecer na vice-versa. Nem queijo nem papo-seco. O que está a dar é o euro. A estória de Sua Alteza não acaba aqui. Perguntem aos Saraivas se quiserem saber mais. Ontem, fui comprar sabonete de marca Lux (antigamente – no tempo do Salazar, nove de dez “besugas” utilizavam esta marca daí a minha inclinação) e antes de me lavar peguei na suposta Pauline e dei-lhe um banho. Qual não foi o meu espanto, o sabonete estava adulterado. Passado por debaixo da água duas vezes transformava-se numa pasta branca tipo plasticina. Não, é o que o leitor está pensando. Na minha idade são precisos eu e a ajudante e daqui para lá ninguém sabe se vou precisar de um motor de busca mais potente que o Google. Resumindo, é que tenho este vício de prolongar o prazer ... de escrever sempre que posso. O sabonete está adulterado. Terá sido só aquela série? Se continuar assim, mudarei para o sabão macaco, de onde nunca devia ter saído, perdão, deixado de usar. Entrem, por favor senhoras autoridades. Quanto aos quejos. Aqui a coisa é mais delicada. O queijo de São Jorge nunca é o mesmo. Varia sempre que as vacas estão na posição da suposta Pauline. Que tipo de touro é este que tão mau gosto dá ao queijo? Emprestem-lhes o “Boi da Junta” de Ponta Delgada, para não perdermos um ex-libris do nosso glossário pandecta/bicabornático (não sei o que isto significa). Quanto ao outro queijo de que eu gostava muito e que agora está a dar gosto a farináceo, é o mesmo, para mal dos meus desejos. Queijo Castelinhos já não sabe tão bem. Vamos lá a ver se não mandam para cá coisas de má qualidade. Nem todos por aqui vão nisso. E, antes que haja uma campanha a sério é melhor refrearem os desejos de imensos lucros à custa dos “micaleses de fila”.

(Pauline estatueta e eu agradecemos!)
manuelmelobento
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