A DATA
No passado dia 4 de Setembro, a RTP/Açores resolveu sair à rua e levar a efeito um pequeno inquérito a 176 metros lineares de distância da sua sede. Sabe que data é hoje? É senhora não me lembro! É senhora não me lembro! É senhora, sei lá. Então, o senhor não sabe o que é a Assembleia Legislativa dos Açores? É senhora, não sei! Só sei que é lá que eles dormem. Esta foi a última resposta de um popular micaelense. Espere lá leitor! Uma senhora de fino porte respondeu acertadamente. Já estava a cometer um erro tremendo! Ficou “provado” que em São Miguel 75% da população que fala não sabe o que aquela citada data representa, como também desconhece para que serve. Eu, pessoalmente e reforçadamente, também não sei. Hoje, dia 6 de Setembro, o Presidente daquela prestigiada instituição concedeu uma longa entrevista a um jornal micaelense. Não disse nada de novo que valha a pena ser realçado. O costume! Estava a fazer o papel que o destino para ele escolheu como acontece a qualquer mortal que se preze e seja respeitador da ordem estabelecida, quer se trate da ordem política quer se trate da ordem religiosa ou outras. Porém, e com muito esforço, eu consegui vislumbrar uma ideia algo valiosa que me ia escapando: o senhor Presidente da Legislativa solicitava o favor de a população em geral poder intervir democraticamente na feitura de um texto (creio) contribuindo assim para ajudar os deputados regionais na sua importante tarefa. Mal acabei de ler as palavras do nosso maior rebolei-me a rir que nem um perdido. Confesso que até chorei. Mais calmo, resolvi engendrar mais uma crónica e como faço geralmente completo-a com algumas achegas. Ora aqui vai: fica provado - a não ser que apaguem os indícios – que o povo é alheio (ignorante) às coisas da política (estou a falar como micaelense e de micaelenses) e os políticos estão a leste do povo que os elege. Mais uma vez fica provado que os micaelenses estão a ser muito mal representados no local onde pensam (ou deviam pensar) os seus intérpretes. Fica também provado que os políticos não vêem televisão do Estado quando esta está disponível para os informar do resultado da sua actividade junto àqueles que os elegem (nomeiam). Senão não diziam disparates sem sentido e sem ligação com a realidade social. A RTP/Açores, ao apresentar uma miserável peça (no sentido de pobreza franciscana), acabou por prestar mais um serviço na caracterização da nossa mentalidade. E ela tem representantes, como não podia deixar de ser.......
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