Friday, August 04, 2006

O SEGREDO INTESTINAL


OS INTESTINOS
Nunca pensei que um revolucionário transformasse os seus intestinos em propriedade nacional quando operados. Só assim, se compreende que os mesmos sejam considerados “Top Secret”, isto é, Segredo de Estado. Sendo Fidel de Castro um chefe de Estado, é lógico que todos os chefes de Estado enquanto tal e uma vez postos à disposição das facas dos médicos também requeiram o máximo sigilo quando os seus intestinos - que estão cheios de merda ao contrário do cérebro - forem sujeitos a tratamento. Os presidentes do Império Comunista Russo não chegavam a tanto. Eram embalsamados depois de mortos e diziam-se vivos para consolo do povo até se arranjar um substituto à altura . Eram cadáveres imprescindíveis. Faziam muita falta! Só percebo este tipo de “diplomacia” na medida em que se queira subjugar ou continuar a subjugar os papalvos. Para mim, Fidel tem a seu favor o facto de ter conseguido na Educação e Saúde cubanos um alto grau de exequibilidade. Para isso, sacrificou a iniciativa privada e impôs uma ditadura que acabou de vez com a liberdade do povo e o relegou a um certo tipo de miserabilismo. Conseguiu sobreviver (alimentando ódios) apesar do boicote indecente dos EUA e sua política de intervenção nos assuntos internos de Cuba, que é uma nação independente segundo os estatutos da ONU, pelo menos. Os ditadores são assim. Já quando o nosso querido Salazar bateu com o malote no chão, a sua companheira de missas a arranjos de cama ameaçou o médico que o foi examinar para que este nada dissesse cá para fora. O coiro da velha também sabia de política! Vejam só! Imaginemos que o Salazar mandasse o velho almirante Tomaz ler um comunicado acerca dos intestinos do ditador tranformados em segredo de Estado. Oh, quanta anedota contariam os portugueses nos cafés e nas casas de putas acerca disso! Rir-nos-íamos até às lágrimas acompanhados à viola pelo cântico dos fadistas, a nossa antiga canção nacional. E nos tempos modernos? O Cavaco Silva operado aos intestinos! Lá ia a Igreja fomentar uma peregrinação a Fátima já que ir a Jerusalém não seria muito agradável, pois os intestinos dos peregrinos não aguentariam tantas roqueiras do Hezbollah. Iríamos todos rezar pelos intestinos do Presidente. Não é que ele não merecesse, mas ficaria ridículo. E mais ridículo era ouvirmos o primeiro-ministro (ou até mesmo Marques Mendes o proponente do Dia do Cão e chefe da oposição) na RTP (que pagou a Emídio Rangel um milhão de euros para o ver pelo cu) a transformar uns simples intestinos em segredo de Estado. Vivemos numa democracia. Isso nunca poderia acontecer. E ainda bem para nós democratas! As ditaduras são ridículas. Nas ditaduras o povo é pobre. Sob a ditadura de Salazar o povo era pobre. Na ditadura de Fidel, idem aspas aspas. Que grande porra! E Bush? Todo ele intestinos! Como seria? Seria de gritos se o Bob Hope ainda estivesse por cá, lá isso seria! Havíamos de rir muito mesmo cheirando a merda dos ditadores por todo o lado. Às máscaras meus irmãos que o ozono está a fazer das suas!, diz-nos o próximo presidente dos EUA o não eleito de seu nome Al Gore.
Nota final. A pobre da Inês de Castro é que teve azar. Dom Afonso IV que não percebia nada de medicina pôs-lhe os intestinos de fora. Para quê? Para salvar Portugal. Os intestinos sempre estiveram intimamente ligados à política e ao amor. No caso de Cuba ao amor do povo. Irão os intestinos salvar o povo cubano? Ainda não sabemos...
manuelmelobento
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