DE RABO DE FORA
DE RABO DE FORA
“Calças arreadas e com o rabo voltado para Lisboa...” Ainda estou a ouvir o líder do PSA/Madeira no Chão da Lagoa... Quando hoje, de manhã (na primeira vez que acordei ), tomei os jornais diários para dar uma primeira e ensonada leitura/vista-de-olhos, julguei estar a ver algum político a consubstanciar a acusação do Dr. Alberto João. Com mais atenção prestada à primeira página do Açoriano Oriental, verifiquei tratar-se de um elemento social do fenómeno de exclusão, naturalmente a treinar-se para quando o Presidente da República chegar aos Açores na sua humanitária e cristã missão a que já habituou os continentais portugueses. Um ser humano estava fisiologicamente a aliviar-se em plena zona turística pontadelgadense. Melhor dizendo, o posto oficial de atendimento, que dá pelo nome de Delegação Regional de Turismo de Santa Maria e São Miguel distava apenas 47 metros do dito cidadão – no caso cidadã, que tinha posto o rabo de fora. Este mesmo rabo de fora encontrava-se à distância de 28 metros da sede da Polícia de Segurança de Ponta Delgada. O mesmo rabo de fora distava da entrada das instalações da Polícia Judiciária apenas 19 metros. Com estas três coordenadas creio poder instalar uma geográfica, do tipo da geodésica italiana. Um fotógrafo amador apanhara uma das mais interessantes características da liberdade que nos coube: fazer cocó onde melhor der jeito. Nada tenho contra a função fisiológica apelativa de cada um. Penso, todavia, que é preciso lavar o local por causa do mau cheiro e de qualquer possível virose infecciosa que advenha pela falta de higiene. Aquele que nunca mijou ou defecou em lugar público que atire o primeiro penico. No Largo de Santo André, geralmente aos fins de semana, é possível observarmos o que fazem alguns que tendo vindo de recintos luxuosos, de dança, onde se podiam servir dos lavabos, fazerem o mesmo. Julgo que a diferença está na marca dos calções... Eu penso que com humor ou sem ele que toda a gente se está a cagar para toda a gente. Ainda bem que há liberdade. “Vá aos Açores e cague livremente e onde quiser!” Podia ser um cartaz de propaganda turística com origem em São Miguel. “Vá à Madeira, divirta-se com os rabos de fora dos políticos!” “Vá passar férias a Portugal, ver um povo de tanga!” Não me digam que não atrai o turista curioso? Sempre é melhor do que ser apanhado debaixo de um bombardeamento com as calças nas mãos e por conseguinte com o rabo de fora.
manuelmelobento
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