A COMUNICAÇÃO SOCIAL TAMBÉM SE VENDE
COMO SOBREVIVE A COMUNICACÃO SOCIAL NOS AÇORES?
Para se somar as verbas que o Governo Regional e as Câmaras dispensam com os jornais, revistas, rádio e televisão enfrentamos uma muralha da China de silêncios e cumplicidades só verificáveis em exemplo lá para os lados da Itália do Sul. Existem jornais que estão de tal maneira dependentes, empenhados, descapitalizados que mais não passam de associados (sem papel passado – ainda não se chegou a tal descaramento) dos poderes local e governamental à descarada. Cada secretaria, instituição, departamento, repartição, gabinete, escola básica, secundária, universidade, empresa pública, etc. têm todos uma verba disponível para presentearem esta ou aquela redacção/administração de órgãos de comunicação social regional. Para a RTP/Açores a questão quase se não dá pela “marosca”. O melhor cliente é o Estado português. Este, fora o reforço de verbas que lhe são canalizadas via serviços da empresa mãe, ornamenta um “bouquet” que ronda seis milhões cento e tal euros anuais. O braço alongado nos media do Estado por estas bandas dá pelo nome RTP/Açores, a quem cabe promovê-lo. As autarquias no seu global despendem à volta de quatrocentos mil euros. Estas são as contas controladas oficialmente. Tanto as secretarias regionais quanto as câmaras conseguem pedir auxílio a outras rubricas através de uma engenharia financeira que não lembra ao diabo. São clientes muito exigentes. Nunca telefonam a dizer seja o que for. Já não precisam. Já treinaram os acólitos. E estes sabem que os erros pagam-se caro. A publicidade e as avenças acabam de um dia para o outro... De avenças nada transpira para o público. Alguns jornais da nossa praça não se importam de mostrar raparigas de quase rabo ao léu em suas páginas, mas uma crítica mais “feroz” faz com que certos directores se encolham e se armem em azul turquesa. A Igreja, através dos seus “diáconos”, também tem os seus jornais. Tratando-se de uma organização semi-secreta torna-se difícil saber-se algo sobre ela. Lá de vez em quando o chefe religioso envia os seus recados pelos velhos canais que ainda dão muito jeito às pretensões esmoleres. O negócio é mais da área da influência subterrânea. O Estado português e a Igreja de Roma têm tratos secretos. O dinheiro que sai de cá (Portugal e Ilhas) para a Santa Sé não obedece a regra nenhuma. Não paga impostos nem é declarado por ninguém do mister. O PS bem tenta repor a legalidade. Por enquanto e a medo só quer os bispos fora das farras republicanas. Já não é mau! Ainda há tempos a Igreja de Roma, por cá, berrava que estava cheia de dívidas. Cerca de um milhão e duzentos euros. A imprensa toda servil aprestou-se para enviar o chamado de atenção a César. Estão calados os dois compadres. Apoiam-se mutuamente. Os tempos estão difíceis, é preciso fazer a coisa pela calada da noite. E pela calada andamos todos enquanto esta parte do território administrado por Portugal se regular pela cartilha de um “público” proprietário dos meios de produção. Com a separação dos bispos nos festejos oficiais, vamos assistir à vingança dos prelados. Isto é: na procissão do Santo Cristo, por exemplo, a Igreja deixará de mostrar os espécimes oficiais domesticados que dão colorido ao sagrado. Não será a mesma coisa. Os socialistas não fazem a mínima ideia naquilo em que se estão a meter. O povo também gosta de adorar os seus ídolos civis. Alguns deles até têm carisma.
Nota final:
Existe uma câmara municipal que compra os jornais concelhios por cento e cinquenta mil euros ao ano. Têm dúvidas? Leiam como eu li a notícia esta semana numa revista do continente (Portugal Continental). ...Aquele município possui à volta de cem mil almas...
Para se somar as verbas que o Governo Regional e as Câmaras dispensam com os jornais, revistas, rádio e televisão enfrentamos uma muralha da China de silêncios e cumplicidades só verificáveis em exemplo lá para os lados da Itália do Sul. Existem jornais que estão de tal maneira dependentes, empenhados, descapitalizados que mais não passam de associados (sem papel passado – ainda não se chegou a tal descaramento) dos poderes local e governamental à descarada. Cada secretaria, instituição, departamento, repartição, gabinete, escola básica, secundária, universidade, empresa pública, etc. têm todos uma verba disponível para presentearem esta ou aquela redacção/administração de órgãos de comunicação social regional. Para a RTP/Açores a questão quase se não dá pela “marosca”. O melhor cliente é o Estado português. Este, fora o reforço de verbas que lhe são canalizadas via serviços da empresa mãe, ornamenta um “bouquet” que ronda seis milhões cento e tal euros anuais. O braço alongado nos media do Estado por estas bandas dá pelo nome RTP/Açores, a quem cabe promovê-lo. As autarquias no seu global despendem à volta de quatrocentos mil euros. Estas são as contas controladas oficialmente. Tanto as secretarias regionais quanto as câmaras conseguem pedir auxílio a outras rubricas através de uma engenharia financeira que não lembra ao diabo. São clientes muito exigentes. Nunca telefonam a dizer seja o que for. Já não precisam. Já treinaram os acólitos. E estes sabem que os erros pagam-se caro. A publicidade e as avenças acabam de um dia para o outro... De avenças nada transpira para o público. Alguns jornais da nossa praça não se importam de mostrar raparigas de quase rabo ao léu em suas páginas, mas uma crítica mais “feroz” faz com que certos directores se encolham e se armem em azul turquesa. A Igreja, através dos seus “diáconos”, também tem os seus jornais. Tratando-se de uma organização semi-secreta torna-se difícil saber-se algo sobre ela. Lá de vez em quando o chefe religioso envia os seus recados pelos velhos canais que ainda dão muito jeito às pretensões esmoleres. O negócio é mais da área da influência subterrânea. O Estado português e a Igreja de Roma têm tratos secretos. O dinheiro que sai de cá (Portugal e Ilhas) para a Santa Sé não obedece a regra nenhuma. Não paga impostos nem é declarado por ninguém do mister. O PS bem tenta repor a legalidade. Por enquanto e a medo só quer os bispos fora das farras republicanas. Já não é mau! Ainda há tempos a Igreja de Roma, por cá, berrava que estava cheia de dívidas. Cerca de um milhão e duzentos euros. A imprensa toda servil aprestou-se para enviar o chamado de atenção a César. Estão calados os dois compadres. Apoiam-se mutuamente. Os tempos estão difíceis, é preciso fazer a coisa pela calada da noite. E pela calada andamos todos enquanto esta parte do território administrado por Portugal se regular pela cartilha de um “público” proprietário dos meios de produção. Com a separação dos bispos nos festejos oficiais, vamos assistir à vingança dos prelados. Isto é: na procissão do Santo Cristo, por exemplo, a Igreja deixará de mostrar os espécimes oficiais domesticados que dão colorido ao sagrado. Não será a mesma coisa. Os socialistas não fazem a mínima ideia naquilo em que se estão a meter. O povo também gosta de adorar os seus ídolos civis. Alguns deles até têm carisma.
Nota final:
Existe uma câmara municipal que compra os jornais concelhios por cento e cinquenta mil euros ao ano. Têm dúvidas? Leiam como eu li a notícia esta semana numa revista do continente (Portugal Continental). ...Aquele município possui à volta de cem mil almas...
manuelmelobento
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