A LÍNGUA DA LINGUAGEM DAS MULHERES
Já muito pouca coisa me espanta. Porém, lá de vez em quando acontece cada uma que é de bradar aos céus de um Magueijo ou de um Hubble. Num programa que dá pelo nome de “A Revolta dos Pastéis de Nata” e que tem como apresentador um rapaz de chapéu trocado que está sempre bem disposto encontrava-se Maria do Céu Guerra, monstro sagrado do teatro e da cultura portuguesa, mulher que tem contribuído para levar à grande maioria do povo e a preços módicos a arte de representar em palco. Mulher progressista e com bastante preocupação social, senhora de uma linguagem de emancipação a todos os títulos louvável, etc. , teve uma péssima prestação nos “pastéis”. Não que os tivesse comido. Nada disso. A cena descreve-se em poucas palavras. O apresentador, de repente, pede à atriz que mencione nomes de mulheres que ela julgasse serem capazes de ocuparem a cadeira de Belém. Apoderou-se de Maria do Céu Guerra uma branca, melhor dizendo um Buraco Negro. Só lhe veio à cabeça a saudosa Maria de Lurdes Pintasilgo. “Já morta” disse o apresentador. E pronto! Passou-se adiante. Ora bem. MCG demonstrou como é difícil ser mulher em Portugal. Fizeram-lhes a cabeça e vai ser muito, mas muito tormentoso desprogramá-las. E é pena que sejam os machos (mais conscientes da importância das mulheres neste mundo) quem irá orientar-lhes o caminho a seguir. Antes de continuar nestas alegações, devo dizer que me vieram à memória (quando assistia ao programa) uma série de nomes de mulheres que eu (pessoalmente) não me repugnaria ver como Chefe de Estado. (O raciocíno é simples: basta comparar com todos aqueles que já o foram...) Começaria por Maria João Avillez, Maria Barroso, Helena Roseta, Eunice Munhoz, Maria Belém, Rosa Lobato Faria, Odete Santos, Ferreira Leite, Teresa Patrício Gouveia. Foram estas apenas. Mas se formos à Universidade, de certo, encontraremos outras bem menos visíveis mas não menos importantes. Hoje, uma Maria José Morgado e uma Maria José Nogueira Pinto também me vieram à ideia. O mundo politicamente governado pelos homens é o mundo do crime e do genocídio. Acho que não é preciso repetir. Retirando alguns estigmas preconceituosos que elas injustamente carregam vamos reparar que elas são pessoas de eleição. Lutadoras por um mundo mais justo e pacífico. É certo, também, que são umas chatas apegadas a merdinhas. Mas bolas, isso não é impedimento para as aceitarmos sem estarmos a pensar em cotas. As centenas de milhar de anos passados fechadas na prisão do “lar” torna-as senhoras de um modo de pensar e de agir que sugere muitas dúvidas, até a elas próprias. Porém, existem milhões de mulheres que já entraram no canal do homem. E estão a superá-los, embora sujeitas a todo o tipo de “escravidão” que elas próprias criam. É a merda da preocupação no vestir, no pentear, etc. Metem-se na cozinha para dominar e não lhes dá para educarem o homem nas tarefas que a elas lhes impuseram. Têm de ser pedagógicas na transmissão de conhecimentos. Como viveram esses anos todos entre as quatro paredes ficam histéricas com o pozinho da mobília. Falam umas com as outras sem nunca se calarem porque se treinaram a fazê-lo contra as pobres paredes. Passaram a vida a preparem-se para satisfazerem o homem e muito dificilmente vão partir para outra. Quando alguma se liberta desse ridículo são elas mesmas a querem destruí-la. No meu tempo, no ensino secundário, elas tinham aulas de culinária para posteriormente ajudarem a encher a pança dos maridos nas melhores condições. Apesar de trabalharem os macho sentavam-se e eram servidos servilmente. Está na altura de se criarem nas escolas cursos de culinária e de costura para homens. Elas têm de começar a exigir o mesmo tratamento para os homens. As mulheres não podem substituir o homem sem lhes ensinarem o que sabem. De outro modo, cria-se um vazio e esse vazio acaba por ser preenchido por elas. O pior é que acumulam. E é nesta situação que se sujeitam a nem serem donas do seu próprio corpo. Que tristeza de mulheres! Não falo das coitadas, pois estas só entenderão o discurso para que foram treinadas! Falo das cultas. Que até parecem umas pobres tristes... coitadas...
manuelmelobento
Já muito pouca coisa me espanta. Porém, lá de vez em quando acontece cada uma que é de bradar aos céus de um Magueijo ou de um Hubble. Num programa que dá pelo nome de “A Revolta dos Pastéis de Nata” e que tem como apresentador um rapaz de chapéu trocado que está sempre bem disposto encontrava-se Maria do Céu Guerra, monstro sagrado do teatro e da cultura portuguesa, mulher que tem contribuído para levar à grande maioria do povo e a preços módicos a arte de representar em palco. Mulher progressista e com bastante preocupação social, senhora de uma linguagem de emancipação a todos os títulos louvável, etc. , teve uma péssima prestação nos “pastéis”. Não que os tivesse comido. Nada disso. A cena descreve-se em poucas palavras. O apresentador, de repente, pede à atriz que mencione nomes de mulheres que ela julgasse serem capazes de ocuparem a cadeira de Belém. Apoderou-se de Maria do Céu Guerra uma branca, melhor dizendo um Buraco Negro. Só lhe veio à cabeça a saudosa Maria de Lurdes Pintasilgo. “Já morta” disse o apresentador. E pronto! Passou-se adiante. Ora bem. MCG demonstrou como é difícil ser mulher em Portugal. Fizeram-lhes a cabeça e vai ser muito, mas muito tormentoso desprogramá-las. E é pena que sejam os machos (mais conscientes da importância das mulheres neste mundo) quem irá orientar-lhes o caminho a seguir. Antes de continuar nestas alegações, devo dizer que me vieram à memória (quando assistia ao programa) uma série de nomes de mulheres que eu (pessoalmente) não me repugnaria ver como Chefe de Estado. (O raciocíno é simples: basta comparar com todos aqueles que já o foram...) Começaria por Maria João Avillez, Maria Barroso, Helena Roseta, Eunice Munhoz, Maria Belém, Rosa Lobato Faria, Odete Santos, Ferreira Leite, Teresa Patrício Gouveia. Foram estas apenas. Mas se formos à Universidade, de certo, encontraremos outras bem menos visíveis mas não menos importantes. Hoje, uma Maria José Morgado e uma Maria José Nogueira Pinto também me vieram à ideia. O mundo politicamente governado pelos homens é o mundo do crime e do genocídio. Acho que não é preciso repetir. Retirando alguns estigmas preconceituosos que elas injustamente carregam vamos reparar que elas são pessoas de eleição. Lutadoras por um mundo mais justo e pacífico. É certo, também, que são umas chatas apegadas a merdinhas. Mas bolas, isso não é impedimento para as aceitarmos sem estarmos a pensar em cotas. As centenas de milhar de anos passados fechadas na prisão do “lar” torna-as senhoras de um modo de pensar e de agir que sugere muitas dúvidas, até a elas próprias. Porém, existem milhões de mulheres que já entraram no canal do homem. E estão a superá-los, embora sujeitas a todo o tipo de “escravidão” que elas próprias criam. É a merda da preocupação no vestir, no pentear, etc. Metem-se na cozinha para dominar e não lhes dá para educarem o homem nas tarefas que a elas lhes impuseram. Têm de ser pedagógicas na transmissão de conhecimentos. Como viveram esses anos todos entre as quatro paredes ficam histéricas com o pozinho da mobília. Falam umas com as outras sem nunca se calarem porque se treinaram a fazê-lo contra as pobres paredes. Passaram a vida a preparem-se para satisfazerem o homem e muito dificilmente vão partir para outra. Quando alguma se liberta desse ridículo são elas mesmas a querem destruí-la. No meu tempo, no ensino secundário, elas tinham aulas de culinária para posteriormente ajudarem a encher a pança dos maridos nas melhores condições. Apesar de trabalharem os macho sentavam-se e eram servidos servilmente. Está na altura de se criarem nas escolas cursos de culinária e de costura para homens. Elas têm de começar a exigir o mesmo tratamento para os homens. As mulheres não podem substituir o homem sem lhes ensinarem o que sabem. De outro modo, cria-se um vazio e esse vazio acaba por ser preenchido por elas. O pior é que acumulam. E é nesta situação que se sujeitam a nem serem donas do seu próprio corpo. Que tristeza de mulheres! Não falo das coitadas, pois estas só entenderão o discurso para que foram treinadas! Falo das cultas. Que até parecem umas pobres tristes... coitadas...
manuelmelobento
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