Monday, September 25, 2006


MESMO MORTO É PRECISO QUE VIVA

Mesmo que se queira falar totalmente mal da América há sempre algo que nos leva a separar os nossos juízos a fim de distinguir o que presta e o que não presta. São os americanos que nos dão a conhecer a sua própria podridão. Os crimes de que são acusados por não respeitarem os Direitos do Homem tiveram repercussão mundial porque foram eles que os denunciaram. São eles que transmitem imagens dos seus actos reprováveis. Maltratam seres humanos e mostram-nos como o fazem. Responsáveis políticos americanos têm o descaramento de afirmar perante as câmaras de televisão que mandaram assassinar alguns seres humanos suspeitos de dirigirem redes terroristas. Se isto não é a confissão de um crime, vou ali à Praia Grande e já volto. Ultimamente deram para repetir indefinidamente as imagens das Torres Gêmeas quando foram destruídas (não se sabe bem por quem, visto ainda não ter havido julgamentos e por conseguinte culpados). Em Portugal – que se transformou num Estado Televisivo Americano – foram tantas as repetições que elas (as imagens) já entraram no mundo cerebrino. Morreram perto de quatro mil pessoas. Meteu-me dó e uma certa aflição ver aquelas cenas de agonia e destruição. Já me habituei a elas. Porém, elas devem ser sucessivamente repetidas com algum fito. Haverá mais alguma invasão nas entranhas dos donos do petróleo? Não sei! Já estou por tudo... Antes de saltar para um outro aspecto, gostaria de pedir aos servíveis directores de programação dos canais portugueses para passarem aquelas imagens de quando a América invadiu o Panamá para prender Noriega, Chefe do Estado Maior das suas Forças Armadas. É que, se não estou em erro, naquela invasão morreram perto de três mil panamianos... Era só para haver um certo equilíbrio à americana na comunicação social. O que me levou a escrever mais esta encruzilhada de palavras está no facto de a bruma mentirosa que envolve Bin Laden não ter fim, tal qual uma telenovela brasileira a esticar imensamente o final. Bin Laden, que dizem ser o chefe da terrível Alqaeda, vive num monte há meses. De que se alimenta? De areia e rochas! O que bebe? Chichi de lagarto! Como consegue fazer fogo contra a maior força militar do mundo? Com o cajado! A quanto montam os seus efectivos? Um milhão de Mártires de Alá, uma centena de milhar, uma dezena de milhar, enfim a sós com Maomé? Com um telemóvel sem bateria! Como envia mensagens de ataque aos seus correlegionários sem meios para o fazer? Os pombos já foram comidos, só se for com canarinhos da Ribeira Grande (que segundo me disseram já desapareceram nos pratos digo pastos)... O Arsène Lupin descobriu que ele – Bin Laden – tinha morrido de febre... Bin Laden é uma mina – mesmo morto e vivo ao mesmo tempo ( uma espécie do “Gato de Schrodinger” ler Michael White/John Gribbin in Einstein, pag.234/PEA, 2004) – para os fazedores de guerras. É preciso caracterizá-lo como grande criminoso. Fazer ver a um bilião – repito um bilião – de árabes que ele é a encarnação do mal. Eu penso que será muito difícil ir por aí dado que são as bombas americanas quem tem matado e matado e matado muitos inocentes ao ponto de Saddam já sugerir saudades aos iraquianos. Vai-se lá saber porquê... Imaginemos que os americanos apanhavam Bin Laden, uma espécie de Che dos tempos modernos. Morto, tinham de o devolver à família, que por acaso é amiga da família de Bush. Mais um lugar de peregrinação... Muito perigoso! Que o mantinham para interrogatório numa câmara frigorífica algures em Dallas... Por favor, mantenham-no vivo. Construam um hotel e um hospital, para ele continuar a ser uma mina para certos americanos. Haja comodidade para quem tem dado tanto a ganhar... e continuem a mentir que eu gosto tanto.
manuelmelobento
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