Monday, April 16, 2007


E CÉSAR ESTÁ MUITO BEM ASSIM

Parece que a oposição nos Açores se está a transformar numa espécie de sucursal pasmada da mesma que se encontra sediada no Portugal do continente. É facto que o espaço no qual funciona está muito reduzido. Educação, Segurança Social e Saúde trilham inegavelmente um caminho positivo e visível. À oposição, nestes sectores, só cabe aplaudir. Só não o faz por vergonha. Ninguém lhe tolerará acusações e os sinais de modernidade implementados permitem creditar o seu sucesso. O Director Regional do Trabalho e Qualificação Profissional, o mais apoiado de todos os directores, tem obtido e somado no seu sector êxito em cima de êxito. As Obras Públicas preparam-se para nos fazer abrir a boca de espanto quando começar o novo ciclo das urnas. O Turismo nunca esteve tão em alta como agora. As estatísticas apontam uma subida de visitantes nunca vista. Hotéis vão cobrir todo o terreno. O domínio das tecnologias cresce na medida das exigências do mercado. Os Transportes apesar de praticarem taxas muito altas colocam-nos em quase toda a parte do mundo, permitindo esquecer o nosso profundo isolamento. As peripécias com os nossos emigrantes são uma mancha negra que tem sido muito bem trabalhada a nível da opinião pública. As ligações “perigosas” com a Igreja nos Açores dão a ideia de que só uma Carta tipo Bispo do Porto as poderiam deteriorar. Respira-se o Espírito Santo por todo o lado e o Senhor Santo Cristo prepara-se para colher todas as mornaçosas classes sociais no próximo “Congresso ao Vivo” que se passeará pelas ruas de Ponta Delgada. César e o Bispo a chefiar cada um o seu sector darão a imagem de um Estado Confessional distinto no ritual mas muito identificado nos propósitos: governar em paz os corpos e as almas. Os fundamentalismos de um e outro estão diluídos nesta abastança. São de uma tolerância e bonomia exemplares. Os intelectuais estão acamados e deles só se ouve encómios à situação. A Cultura aí está para gáudio tanto dos mais e dos menos exigentes. Os ecologistas aparecem quando o corte de uma árvore lhes tira a sombra para depois retornarem aos seus pequenos negócios. Enfim, viver nos Açores é o que está a dar. Não sendo ainda imperador é César. E Césares destes todos os querem. Depois do “Século de Bosco” o “Século de César”! Até que está bem…
manuelmelobento

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