Sunday, February 18, 2007





O COMÉRCIO DOS POLÍTICOS

A China - que foi até à porta do século XXI um país criptocomunista - não passa, hoje, de uma central de comércio. Esta transformação custou a vida a setenta milhões de chineses. A América que se libertou do colonialismo inglês que lhe esfolava os lucros da comercialização de produtos, nos dias que correm, mata para vender os seus produtos e volta a matar para sacar a matéria prima para os produzir e voltar a vender. A Inglaterra quando foi “senhora dos mares” dava ordens aos seus marinheiros para afundarem todos os barcos que lhe faziam concorrência, matando toda a tripulação.. A Espanha, a França, a Holanda faziam o mesmo. Matavam-se uns aos outros. A Companhia de Jesus fartou-se de matar por causa do comércio das pedras preciosas. Os Papas chefiavam os seus exércitos para roubarem terras, portos e mercadorias matando todos os adversários que se lhes opunham para dominarem os circuitos comerciais. Não conheço nenhum país ou nação de hoje e de ontem que não tenha matado pelo comércio. Até nós, quando iniciámos a dita Expansão, matámos também. Não em tanta quantidade, valha a verdade. Também éramos muito poucos, por isso matámos pouco. Para darmos início à nossa gesta fora de portas assaltámos Ceuta e limpámos o sebo aos “infiéis”. Quando em 1498 no Índico, Vasco da Gama, que estava a caminho de Calecute, encontrou um barco muçulmano com seiscentas mulheres e crianças, mandou logo afundá-lo para que não dessem notícias do feito que era o ter descoberto o caminho para o comércio das especiarias entre a Índia e a Velha Europa. O comércio tem sido o motivo do desenvolvimento das melhores técnicas para matar. Em 1640, os portugueses que até tinham pretendente ao Trono neto de Rei, trocaram a sua nacionalidade para se habilitarem ao comércio com as terras que Filipe II possuía (nada mais nada menos que meio mundo). O comércio é terrível! Ah! O pior é quando existe guerra entre o comércio tradicional e as grandes superfícies e não há mortes. Faz falta umas mortes para alegrar a festa. Na falta de pólvora, seria comercialmente produtivo haver uma guerra com balões cheios de água. E por que não? É Carnaval e os Serviços Municipalizados sempre ganhavam algum com a venda de mais água, que é como quem diz comércio de líquidos.
PS:
O comércio é o homem. O comércio é o Estado! O comércio é a razão da Nação ou Nações. O homem compra e vende tudo. O Estado vende e compra serviços. A Nação vende a alma.
manuelmelobento

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