Friday, January 05, 2007



A Dona Maria José Morgado e o senhor Saldanha Sanches, a nova esperança…


A Dona Maria José Morgado e o senhor Saldanha Sanches - repescados das profundezas do MRPP/PRTP - são a nova cara da Justiça. No tempo do "perigoso" PREC, alinharam com as teses da Ditadura do Proletariado. Como todos aqueles que são minimamente informados sabem, esta “ditadura” baseia-se numa luta de morte entre explorados e exploradores tendo em vista uma só classe. Que eu saiba, nenhum deles, até hoje, deu o dito pelo não dito. Daí que ao colocar à frente do processo do Apito Dourado a Dona Maria José Morgado, o senhor Monteiro, Procurador Geral da República, mais não fez do que afirmar ao país que agora é que a Justiça em Portugal ia levar a cabo uma tarefa que foi descurada por todos aqueles que ocuparam os lugares a quem competia aplicar a Lei. Saldanha Sanches, é, hoje, um fiscalista que trabalha para o Estado Democrático de Direito que é o que é Portugal de hoje. Melhor dizendo, o Portugal saído da Revolução dos Cravos (Democracia Burguesa). Vejamos se se percebe a coisa. Uma Justiça que falhou deve apresentar uma desculpa qualquer. Incompetência? Estupidez? Inoperância? Cumplicidade? Negligência? Outras coisas? Qualquer uma destas hipóteses tem de ser julgada sob pena de não haver culpados na própria instituição. Culpados de qualquer coisa não o foram. Passou-se uma esponja no passado da actividade dos magistrados e segue-se adiante. A nova cara aí está! Como é que vai ser? À MRPP? Não o creio! Como a Dona Maria José Morgado se tornou numa figura mediática e que de certo modo encarna a luta contra os prepotentes sempre é de bom-tom dar aos papalvos que engrossam a lista dos injustiçados esperanças de uma igualdade de direitos e deveres. A Justiça não pode andar a reboque do jornalismo indecente que entre nós se pratica pois obriga-se a elaborar o seu calendário de arrasto às apetências da curiosidade que mais atrai as audiências sedentas de escândalos e de julgamentos na praça pública. É o que tem acontecido. Apressar os processos de acordo com a publicidade não é fazer justiça. A justiça faz-se com tempo e com provas. Cabe ao Estado fornecer provas contra os eventuais culpados. Acusa-se com provas e depois estas terão de ser ratificadas nos lugares próprios. E há recursos de sentenças a várias instâncias. Estou a lembrar-me da sentença de Saddam Hussein. Julgar para agradar aos senhores da guerra económica… A Justiça não tem que agradar a ninguém. Muito menos, como é no nosso caso, um agradar para desviar atenções. O Procurador Geral não foi eleito. Foi escolhido por uma panóplia de interesses a que não estão inocentados os senhores da política que o mesmo é dizer-se os partidos que por sua vez estão ao serviço de clientelas poderosíssimas. Se Maria José Morgado fosse indigitada em vez de Monteiro, talvez se pudesse acreditar numa mudança. Já não é a primeira vez que ela ocupa cargos de responsabilidade. E o que daí resultou? Em termos de justiça nada. Demitiu-se ou demitiram-na. A boa imagem da justiça portuguesa não pode estar centralizada numa única mão. Se ela voltar a falhar será a emenda pior que o soneto. A Justiça é uma instituição de ordem geral. Tratou-se de mais uma manobra para atirar poeira para os olhos. Imaginemos que da actuação da actual magistrada sejam acusados e presos três ou quatro ícones e frequentadores das primeiras páginas de tudo que é comunicação. E depois? A justiça não se caracteriza por perseguir decibéis. Por que razão não se colocou o fiscalista da extrema-esquerda à frente das investigações que se “fazem” na lavagem de dinheiros provenientes do tráfico de armas, da droga e dos negócios do submundo das imobiliárias que circulam na banca? Era o punhas! Deixam-no dizer algumas verdades nos telejornais para alegria da populaça e descanso dos grandes interessados. Ele mesmo presta-se a isso. Uma pobreza franciscana. Está o país parado à volta de duas grandes penalidades e do desfecho do romance entre um príncipe do Porto e uma corista que deu para o torto. No intervalo, vamos torcendo pelo êxito da nossa diplomacia (externa) representada pelo Mourinho. Ah, ia-me esquecendo da deputada europeia Ana Gomes a quem coube a tarefa moral de denunciar os crimes contra os Direitos Universais do Homem imputados aos americanos! Mas até sobre isso disse o Presidente do Governo Regional dos Açores (que representa o pensamento dos socialistas) que se tratava de aparições.
manuelmbento
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