Monday, October 30, 2006



O GENERAL SILENO À ZORRO ASSERTARÁ DAQUI A POUCO SOBRE A RTP/Açores

Oh! Oh! O general tem uma viseira! Não me fale homem, já não posso andar na rua sem ser reconhecido. Chamam-me sadomasoquista por causa da fotografia que o azorespublicum publicou. Aquilo era uma brincadeira enquanto não chegasse o sono. Agora é que dou valor ao Presidente Clinton. Calma general, vamos fazer um desmentido dizendo que o general tinha emprestado as botas para um filme! Que nome lhe vão dar? “Quando o Mar Galgou a Terra”. Eu já vi esse filme, mas não vi botas nenhumas. Todos nós sabemos que com a sua idade o general apenas pode teatralizar. Isso! Isso! Obrigado, é a pura da verdade. E daí para cá general? Olhe meu bom amigo, hoje, estive a assistir, logo de manhã, ao “Bom Dia do Pedro Moura”. E depois? Veio-me à torre do controlo uma ideia maluca. Melhor dizendo, foi o resultado de ter sonhado com a Tia Maria do Nordeste e o Pedro Moura a fazerem um programa do género do Herman José. Nele também colaborava a Solange Vieira vestida de preto (para parecer mais magra). O cenógrafo tinha colocado como pano de fundo uma grande fotografia do Osvaldo Cabral. Por baixo, apresentava uma legenda que dizia “Fazei humor sem política!”. Só isso? Não, tem mais! Vamos lá a continuar? A Solange fazia de Tia Maria do Nordeste e esta mascarava-se de Solange. O Pedro Moura imitava os políticos que eram levados ao programa só que como temos de obedecer ao Osvaldo os políticos imitados podiam falar de tudo menos de política. General, isto não tem piada nenhuma. Ainda não acabei. Aliás, não vejo grandes piadas actualmente nas estações portuguesas. Ora, continuando. Os políticos “convidados” eram obrigados a imitar a Tia Maria e a Solange. Para isso passava-se uma peça (das piores) dos trabalhos de cada uma e depois pedia-se ao Pedro para se pôr no lugar do político “vítima” que depois faria uma imitação de uma e de outra. Oh general, que raio de coisa! Você não percebeu nada! O Pedro mete-se na pele, por exemplo, do Antero de Quental, e ponha-se a imitar a Tia Maria que era a Solange e a Solange que era a Tia Maria do Nordeste, tal qual o político/poeta faria. Era tão giro! Estamos aqui estamos na barra do Tribunal a responder por estarmos a brincar com coisas sérias. A ideia é precisamente essa, mas sem maldade, só para divertir. Ele até havia de gostar! O Teatro é uma coisa maravilhosa. O Antero de Quental já morreu. Oh diacho! Então arranjemos um dos vivos que estejam à mão. Está a ver? Oh, se estou! Não tenho é lata para dizer o nome. Fica em aberto. Era só isso? Não, todos as semanas arranjava-se uma vítima, perdão uma personalidade que tivesse características que se enquadrassem no espírito da peça. O general quer ganhar dinheiro sem apresentar trabalho de asserção. O que eu proponho é uma revolução no teatro de comédia televisiva. Algo que nos faça acordar e que nos faça fugir das procissões, missas ao ar livre, lamúrias, saudades chorosas, gemidos e ranger de dentes. Que nos faça fugir de um humor importado como quase tudo que temos para consumir. O general, hoje, está com veia de esquerda! O quê!
O general Sileno é um heterónimo.

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