Tuesday, June 13, 2006

AS PRESIDENCIAIS



Ao assumir-se como Presidente dos Açores, César arrumou para sempre (até às próximas eleições legislativas) qualquer veleidade interpretativa de calendarização nas suas aspirações governamentais. Veleidades a nível de comentadores, claro. Como não obedeço a ninguém, vou ver se descubro algo que o Presidente tenha deixado como pista para escrever, já que é a única coisa que mais ou menos ainda petisco. O dr. Carlos César (leva o dêérre, porque com o Tratado de Bolonha na forja não se pode negar à reconversão das suas cadeiras no diploma académico do primeiro ciclo universitário europeu) um dos mais inteligentes e pragmáticos políticos açorianos, senão o mais inteligente em funções. Mota Amaral recolheu às Ordens Honoríficas, onde intelectualmente se esgotará; Natalino Viveiros não passou no exame do seu próprio partido e José de Almeida, meu amigo íntimo e do coração, perde dia após dia a sua grande energia muito propensa ao palco e à boa dicção. Não refiro aqui Berta Cabral porque a apoio até à vitória final pois consirero-a como a única capaz de aglutinar intenções e aspirações de maior serviço claramente vocacionado para uma identidade que não se quer diminuída nem posta em causa. Adiante! Pelas ilhas fora, eis César a preparar o caminho para a maior vitória de sempre do Partido Socialista nos Açores. Vou elaborar uma breve pincelada pelo interior deste partido. Por mais ataques que sofra o governo regional, mais César o reforça. Ninguém é demitido. Mesmo os mais fracos. Resultado? Tornam-se fortes e incondicionais do chefe. Melhoram com os erros. César não deixa cair nem amigos nem colaboradores. Valoriza-os! Com a casa arrumada há que partir para as batalhas que aí estão para vir. As ilhas centrais estão a cair no seu regaço como azeitonas nos aventais dos/as ratinhos/as alentejanas. São Jorge, a esguia, anda a derreter-se como tarte de queijo no forno. No dia das eleições até ficará mais comprida (aeroporto...). O governo de César foi bombo da festa por causa de um barco que nem foi para o fundo nem varou. A culpa não foi dele meus senhores. Aguardassem mais um pouco nas bordoadas e veriam que se transformaria numa derrota socialista. Berrou-se muito antes do tempo. Isso acordou o líder, a quem António Lagarto denominou "El Dulce"(?) . A este desaire respondeu César com um golpe de mestre tribunício: estão na forja quatro barquitos ultra modernos para satisfazer as apetências do Grupo Central e Ocidental. Nós os do Grupo Oriental vamos ficar com as "Portas do Mar" para os receber e que a par do "Triângulo das Cidades" (Ribeira Grande, Ponta Delgada e Lagoa que César pensa unificar economicamente) vão colocar os Açores em alguns mapas e rotas turísticas. Bem já estou a estranhar-me. Isto até parece o texto de um bajulador. Acaba aqui! Quem tiver inteligência para o perceber que perceba, senão passe bem.
Manuel Melo Bento
Posted by Picasa

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