DO TRINITÁRIO - CONCLUSÃO
Quero saber, não quero saber, quero estar presente, não quero estar presente, quero poder, não quero poder, implicam uma subserviência ao hierárquico querer. Logo e nesse sentido o omnisciente depende para sê-lo do factor vontade.
A vontade implica actividade, o que contraria o conceito de omnisciência, porque tudo sabendo nada poderia ser tornado menos conhecido depois de ter sido conhecido. Ser menos omnisciente não nos conduz senão à contradição. Depois do conhecimento do facto, para onde iria este parar na esfera do omnisciente uma vez tornado não conhecido?
O omnisciente guardaria em si o "espaço" para o não conhecido?
Não é próprio da estrutura do pensamento humano tal incongruência.
Do mesmo modo se pode afirmar da omnipresença e da omnipotência.
Numa presença total onde estaria o não presente depois de ter sido emborcado e percebido pelo omnipresente?
E do omnipotente? Podido depois de não ser podido no podido. Como?
O mesmo é dizer-se: querido depois de não ser querido, querido.
Querer poder tudo não é ser omnipotente.
Omnipotente é poder tudo sem condição. É um contrato pré-estabelecido. Assim como a omnisciência é um contrato pré-estabelecido com o conhecimento o qual abrange o pós-estabelecido também.
O pré-estabelecido e o pós-estabelecido pressupõem o absoluto. Mas que absoluto é este que se obtém com a junção de três absolutos, considerados separadamente nas suas características do saber, do estar presente e do poder?
Não corramos o risco de rebuscarmos o conceito de substância para nos salvar destas questões nem dos princípios de causalidade que não passam de subterfúgios da mente humana. De onde ela vê causas a nível do sensível abstrai causas no inteligível. De onde nada vê retira a "substância invisível" e indivisível. De onde vê forças naturais deduz as "não naturais". (A mente humana mente). Ela tem necessidade de solucionar, de dominar. Por isso mente e inventa. De algumas invenções surgiram leis que se confirmam na natureza...
Nem sempre é assim. As loucuras das soluções e do domínio condicionam o ver das coisas que nos rodeiam. Por que afinal somos seres rodeados, melhor dizendo cercados, cercados pela luta da sobrevida e de químicos que nos formam e que uma vez desequilibrados nos fazem percorrer caminhos esquisitos. Retirar de palavras, que nada mais são do que meras desorientações, a bússula que nos levará a outros estádios, onde viveremos felizes ou infelizes para sempre, não passa de uma baboseira de todo o tamanho. É a fábrica da liberdade da composição humana transformada em prisão alargada.
FIM
A vontade implica actividade, o que contraria o conceito de omnisciência, porque tudo sabendo nada poderia ser tornado menos conhecido depois de ter sido conhecido. Ser menos omnisciente não nos conduz senão à contradição. Depois do conhecimento do facto, para onde iria este parar na esfera do omnisciente uma vez tornado não conhecido?
O omnisciente guardaria em si o "espaço" para o não conhecido?
Não é próprio da estrutura do pensamento humano tal incongruência.
Do mesmo modo se pode afirmar da omnipresença e da omnipotência.
Numa presença total onde estaria o não presente depois de ter sido emborcado e percebido pelo omnipresente?
E do omnipotente? Podido depois de não ser podido no podido. Como?
O mesmo é dizer-se: querido depois de não ser querido, querido.
Querer poder tudo não é ser omnipotente.
Omnipotente é poder tudo sem condição. É um contrato pré-estabelecido. Assim como a omnisciência é um contrato pré-estabelecido com o conhecimento o qual abrange o pós-estabelecido também.
O pré-estabelecido e o pós-estabelecido pressupõem o absoluto. Mas que absoluto é este que se obtém com a junção de três absolutos, considerados separadamente nas suas características do saber, do estar presente e do poder?
Não corramos o risco de rebuscarmos o conceito de substância para nos salvar destas questões nem dos princípios de causalidade que não passam de subterfúgios da mente humana. De onde ela vê causas a nível do sensível abstrai causas no inteligível. De onde nada vê retira a "substância invisível" e indivisível. De onde vê forças naturais deduz as "não naturais". (A mente humana mente). Ela tem necessidade de solucionar, de dominar. Por isso mente e inventa. De algumas invenções surgiram leis que se confirmam na natureza...
Nem sempre é assim. As loucuras das soluções e do domínio condicionam o ver das coisas que nos rodeiam. Por que afinal somos seres rodeados, melhor dizendo cercados, cercados pela luta da sobrevida e de químicos que nos formam e que uma vez desequilibrados nos fazem percorrer caminhos esquisitos. Retirar de palavras, que nada mais são do que meras desorientações, a bússula que nos levará a outros estádios, onde viveremos felizes ou infelizes para sempre, não passa de uma baboseira de todo o tamanho. É a fábrica da liberdade da composição humana transformada em prisão alargada.
FIM
0 Comments:
Post a Comment
<< Home